Renault Scénic: #Jesuis monovolume

17/02/2019

Apontado à liderança dos monovolumes compactos, o Renault Scénic chega, no final de fevereiro, com a ambição de defender o conceito que inventou, em 1996, do bullying exercido pelos SUV no mercado nacional. Desta vez, pagará classe 1 nas portagens

Numa época em que os monovolumes são alvo de bullying dos SUV Crossover, que dominam o mercado, o novo Renault Scénic surge, no final de fevereiro, com o peito cheio, na versão curta e longa, e com vontade de provar que o segmento criado com o lançamento da sua primeira geração, em 1996, não tem de ser “antiquado”, “sensaborão” ou desprovido de “carisma”. Não. A marca francesa acredita que é possível dizer “não” aos preconceitos e reclamar aquilo que afirma ser seu por direito: a liderança do segmento C dos monovolumes. Até agora, a marca dispunha no mercado nacional de uma proposta de sete lugares do Grand Scénic e um motor Diesel, sendo o modelo severamente penalizado pelo “detalhe” de pagar classe 2. Com esta aposta, o Scénic volta a contar com uma gama completa em Portugal. E a cumprir os requisitos para pagar classe 1 nas portagens.

“O novo Renault Scénic conta com uma gama completa e paga classe 1 nas portagens”

Para dar a conhecer o novo Scénic, a Renault convidou os jornalistas para um passeio pelas margens do Rio Tejo, a grande “estrada líquida”, uma apresentação onde não faltou um pequeno cruzeiro e ainda uma paragem nas aldeias avieiras da Palhota e de Escaroupim.

Universo versátil

Como resposta às “agressões” dos SUV Crossovers, sobretudo comerciais, nada como recorrer aos mesmos argumentos. Desde logo, os estéticos. Não será por acaso que as linhas do novo Scénic remetem para este universo. Tanto na versão de cinco lugares, como na do Grand Scénic (disponível apenas com sete lugares, por estratégia da marca), ambas apresentam as contas em dia em matéria de design e permitem optar por uma carroçaria bicolor.
A assinatura luminosa da Renault permanece intocável. Na dianteira, os faróis em forma de “C” são equipados com a tecnologia LED Pure Vision, enquanto na traseira, as luzes criam um efeito 3D, devido ao sistema Edge Light.
Expressivas são também as jantes de 20 polegadas. Saltam à vista. Segundo a marca, graças a um acordo com os principais fabricantes de pneus, o preço desta “excentricidade” é igual ao que seria pedido pelas de 17’’.

Mas, monovolume que se preze, não podia esquecer a modularidade e a habitabilidade, oferecendo o Scénic as melhores quotas do segmento dos compactos. São exemplos disso, o banco do passageiro dianteiro que pode assumir a posição de mesa e os bancos traseiros deslizantes. Prático é ainda o sistema “One Touch Folding”. Com um único toque no R-LINK 2, ou nos comandos situados no porta-bagagens, é possível rebater, automaticamente, os bancos traseiros, com o objetivo de obter um piso plano. Neste contexto, refira-se ainda a consola central deslizante. Uma solução simples, mas bastante prática. Além do espaço de arrumação que disponibiliza, acumula a função de apoio de braço e integra diferentes tomadas, tanto para os passageiros dianteiros, como para os da segunda fila de bancos.

Gasolina… e Diesel

A grande revelação do novo Scénic, porém, foi ao nível dos motores. A gasolina, a gama extrai três níveis de potência do mesmo motor TCe 1.3: 115, 140 e 160 cv. De acordo com os responsáveis da marca, a diferença de preço mínima entre a versão mais acessível e a de 140 cv faz com que a opção pela segunda seja muito mais sensata. Na apresentação nacional, de resto, esta foi a única motorização disponível para uma primeira experiência dinâmica com o monovolume. E com provas dadas em termos de suavidade de rolamento e de desenvoltura nos vários regimes de circulação. Equipado com caixa manual de seis velocidades, o Scénic anuncia consumos entre 6,7 a 6,8 l/100 km, valores que aumentam com uma condução mais empenhada do que as margens do Rio Tejo sugerem.
Entre os Diesel, o 1.6, que até aqui assumia as despesas a solo, é substituído pelo Blue dCi 1.7, que poderá debitar 120 ou 150 cv (esta última apenas à venda em março).
São variados os preços da gama Scénic e Grand Scénic. Começando pelos motores a gasolina, o TCe 115 custa €30.770 na versão Limited, mas, lá está, por €31.370 é possível conseguir o modelo com o mesmo equipamento e com o motor TCe 140 FAP (sobe para €33.420 na versão Bose). Já o TCe 160 EDC custa €38.590 (Bose).
Ainda em relação à versão curta do Renault Scénic, mas com motor Diesel, a variante mais acessível é a Blue dCi 120 por €36.570 (Limited), e a mais cara, a Blue dCi 150 EDC por €42.650, apenas disponível na versão Bose.
No caso do Grand Scénic, a porta de entrada da gama é o TCE 115 por €32.240 (Limited), mas, mais uma vez, o TCe 140 FAP custa apenas €32.840 com o mesmo equipamento ou €34.900 com o nível Bose. O motor TCe 160 EDC FAP obriga a um investimento de €37.400.
Com a mesma carroçaria longa, mas a gasóleo, os preços iniciam-se nos €38.080 do Blue dCi 120 (Limited), passam pelos 40.840 do Blue dCi 150 e terminam com a mais exclusiva das versões, a Blue dCi 150 EDC, por €44.500.
As expetativas da Renault para a nova existência da gama Scénic passam por triplicar os números alcançados pelo único modelo presente no mercado, até ao final de fevereiro, provando que ainda existe espaço para um monovolume num mundo dominado pelos SUV.

Ficha técnica

Renault Scénic TCe 140 FAP
Cilindrada (cc) 1.332
Potência máxima (cv/rpm) 140/5.000
Binário máximo (Nm/rpm) 240/1.600
Velocidade máxima (km/h) 201
0-100 km/h (s) 10,4
Emissões CO2 (g/km) 151-154
Consumos: ciclo completo (l/100 km) 6,7-6,8
Preço: €31.370*
*Versão Limited com caixa manual de seis velocidades

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