A Bentley, como típica marca britânica de luxo, sempre apelou a um público mais conservador, e isso significa que não está a conseguir captar 40 por cento do seu mercado potencial. De acordo com comentários de Adrian Hallmark, diretor-geral da Bentley, ao Automotive News, criadores inovadores que enriqueceram com negócios à volta da Internet e das novas tecnologias são socialmente liberais e progressivos, pelo que estão mais interessados em ter um automóvel elétrico que um com motor tradicional a gasolina. À falta de um Bentley, estes potenciais clientes migram para a Tesla ou para a Porsche, cujo Taycan vai chegar ao mercado em 2020.
Mesmo assim, a Bentley já abriu caminho para conquistar este novo público. O seu SUV, o Bentayga, está disponível com uma versão híbrida plug-in, que pode fazer grandes trechos só com potência elétrica. E a marca britânica está mais do que aberta à possibilidade de lançar um modelo elétrico a curto ou médio prazo. Em 2017, o protótipo EXP 12 Speed 6 foi revelado com um motor elétrico, mas a marca apenas aproveitou a sua carroçaria para o novo Continental GT Convertible, que na versão de produção só existe com motor W12 biturbo a gasolina de 635 cv.
Dado que partilha a sua tecnologia com os modelos de topo da Audi e alguns da Porsche, o Audi e-tron poderia ser a base para um Bentley elétrico, tal como o Bentayga já partilha a arquitetura com o Audi Q7. No entanto, a marca britânica poderá esperar até ter à sua disposição uma bateria com capacidade suficiente para oferecer aos seus veículos uma autonomia de mais de 500 km. O Audi e-tron tem apenas 417 km de autonomia anunciada, no ciclo de consumos WLTP, e o seu motor elétrico apenas gera 300 kW (408 cv) de potência, um pouco abaixo das necessidades da Bentley.
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