À medida que o mercado de automóveis elétricos acelera com a chegada de mais e melhores propostas, medem-se prós e contras da tecnologia.

A sustentabilidade pode ser o principal motivo para a “eletrificação”, mas a lista de vantagens é mais extensa, com benefícios para o planeta… e para o condutor. “Conduzir um elétrico nas grandes cidades significa uma grande economia de tempo e dinheiro”, afirma Carlos de Luis, responsável pela mobilidade elétrica nas Relações Institucionais do Grupo Volkswagen, no âmbito do lançamento do Seat Mii electric, o modelo que irá a acelerar a nova estratégia de mobilidade na marca espanhola.

Aquele responsável vai mais longe e elabora uma lista com seis bons motivos para considerar-se a aquisição de um automóvel elétrico:

Adeus, trânsito condicionado. Uma maior liberdade de movimentos na urbe é um dos incentivos com que algumas cidades recompensam condutores de automóveis elétricos. Em algumas capitais, este tipo de veículo “zero emissões” podem, por exemplo, circular na faixa de autocarro. Em Madrid é possível percorrer uma faixa especialmente reservada para veículos cheios de passageiros ou híbridos e elétricos, mesmo que circulem com apenas um ocupante. “Morando nos subúrbios, graças a essa medida, uma pessoa economiza cerca de 30 minutos por dia nos trajetos de ida e volta para o trabalho. Para muitos utilizadores, é a razão fundamental pela qual optaram pela eletricidade”, explica Carlos de Luis.

Estacionar facilmente. O outro grande desafio diário dos condutores na maioria das cidades é encontrar parque de estacionamento. Portanto, há cada vez mais lugares que oferecem facilidades aos motoristas de veículos elétricos, como zonas reservadas ou com desconto, como também é o caso de Madrid. “Posso estacionar numa zona azul e verde sem pagar um cêntimo e sem limite de tempo. Nem é preciso passar pelo parquímetro para obter o ticket”, refere Carlos de Luis.

Acesso ao centro das cidades. Quase 300 cidades europeias têm zonas de baixa emissão. E está a aumentar. A lei espanhola sobre mudança climática, por exemplo, pede que todos os municípios com mais de 50 mil habitantes criem zonas de baixa emissão, para além de restringir o tráfego de viaturas com altas emissões de CO2 antes de 2023. Para Carlos de Luis, é evidente: “O veículo elétrico é a solução para restrições de trânsito nas cidades. Normalmente, tenho muitas reuniões no centro de Madrid e com o SEAT Mii electric é possível ir de porta a porta”.

Recarregue o seu veículo e pé no acelerador. Na Europa, já existem mais de 150 mil pontos de carga pública. “É apenas o começo – explica Carlos de Luis – os municípios já estão cientes de que devem facilitar a criação de infraestruturas de carga pública, para além de incentivar a instalação de pontos de carga em residências e empresas”.

Vá mais longe, por menos. Afinal, os veículos elétricos têm cada vez mais autonomia. O Mii electric pode alcançar os 350 quilómetros em cidade. “Com a distância percorrida na minha rotina habitual, eu podia deslocar-me vários dias sem recarregar, mas como eu carrego todas as noites na garagem, o nível da bateria nunca me preocupa”, explica Carlos de Luis. Por outro lado, o gasto com consumo é significativamente menor numa viatura elétrica. E acrescenta-se que não precisa de tanta manutenção. “A priori, a compra de um elétrico é mais cara, mas se calcularmos todas as despesas durante a vida útil do veículo, vale a pena”, afirma.

Ajuda para comprar, menos impostos. O objetivo da Seat é democratizar a mobilidade elétrica com veículos a preços acessíveis, como o Mii electric. No entanto, a viatura elétrica, de uma forma geral, ainda é mais cara do que os veículos a combustão, razão pela qual a ajuda direta à compra de 3.000 euros; em Portugal, os proprietários de elétricos estão totalmente isentos desse imposto e da taxa de registo.