O nome Cherokee é um dos mais icónicos no catálogo da Jeep desde a década de 70, mas a agora a famosa designação adotada em homenagem à tribo indígena está a ser alvo de contestação. Pela primeira vez, o chefe da Nação Cherokee oficializou junto da marca norte-americana o pedido para proceder à retirada dessa referência dos seus carros.
“Estou seguro de que a marca tem as melhores intenções, mas não nos honra ter o nosso nome escrito na carroçaria de um automóvel. A melhor forma de nos homenagearem é aprenderem sobre o nosso governo soberano, o nosso papel neste país, a nossa história, cultura e idioma e promover um diálogo significativo com tribos reconhecidas a nível federal sobre a idoneidade cultural”, afirmou em declarações aos especialistas da ‘Car and Driver’, Chuck Hoskin Jr.
Elementos daquele povo nativo norte-americano já mostravam sinais de desconforto desde em 2013, quando a Jeep decidiu recuperar a designação, após um hiato de 12 anos. Os protestos subiram agora de tom, segundo o chefe principal dos Cherokee, devido ao atual contexto de justiça racial pelo movimento Black Lives Matters.
A polémica surge na contagem decrescente para o lançamento da 5.ª geração do SUV, revelada em janeiro na versão ‘esticada’, para sete ocupantes, não sendo conhecidos para já quaisquer planos para a alteração ao nome do modelo. Fonte da marca agora integrada no grupo Stellantis afirmou à ‘Car and Driver’ que os nomes nos seus veículos “foram cuidadosamente escolhidos para homenagear e celebrar o povo nativo americano pela sua nobreza, coragem e orgulho”.
Ainda assim, não seria o primeiro caso do género com este tipo de motivações, existindo já vários exemplos no mundo do desporto nos Estados Unidos. Os Indians de Cleveland decidiram abandonar a denominação, bem como a sua mascote; os Washington Redskins, na NFL, assumiram de forma provisória o nome Washington Football Team.
