Um mês a usar o Citroën ë-Jumpy Hydrogen: quais as primeiras impressões

18/02/2022

Decorrido um mês de utilização intensiva do Citroën ë-Jumpy Hydrogen, a empresa Suez faz um primeiro balanço da experiência.

A Citroën tinha colocado ao serviço da empresa Suez uma frota de ë-Jumpy Hydrogen, conhecendo-se agora os resultados e as impressões após um mês de utilização.

OS OPERADORES DA SUEZ – CARCASSONNE UTILIZARAM O Ë-JUMPY HYDROGEN AO LONGO DO PASSADO MÊS DE JANEIRO.

Nas instalações de Carcassonne, os supervisores das equipas utilizam o ë-Jumpy Hydrogen em visitas a locais de trabalho, reabastecimento de pequenos e grandes equipamentos, trabalhos de reparação de emergência em caso de fuga de água.

As viagens destes profissionais dentro das cidades e arredores são curtas – na ordem dos 100 km – mas frequentes, “pelo que os seus veículos têm de ter uma disponibilidade imediata”, indica a empresa.

Durante este primeiro mês de uso, geralmente, o veículo circulou com mais de metade do volume de carga permitido, com pesos que excedem frequentemente os 200 kg.

A TECNOLOGIA A HIDROGÉNIO É APRESENTADA COMO UM COMPLEMENTO À OFERTA NORMAL DE VEÍCULOS ELÉTRICOS, UMA VEZ QUE PERMITE RESPONDER A UTILIZAÇÕES ESPECÍFICAS.

O Ë-Jumpy Hydrogen satisfaz os requisitos de uma grande polivalência de utilização, graças a uma autonomia de 400 km e de um tempo de utilização ideal, graças ao reabastecimento rápido que assegura que os veículos estão permanentemente operacionais”, salienta a Citroën.

Tempo de abastecimento

O seu abastecimento numa estação de 350 bar demora apenas três minutos para meio depósito (ou três minutos para encher o depósito numa estação com 700 bar de capacidade).

A bateria de 10,5 kWh, que proporciona uma reserva de 50 km caso seja consumido todo o hidrogénio existente nos depósitos, é fácil de carregar numa tomada normal de 220V, durante noite, três a cinco vezes por semana.

A empresa salienta que a autonomia global de 400 km permite ao veículo uma grande versatilidade, com o utilizador a poder multiplicar um conjunto de deslocações curtas sem ter de se preocupar com carregamentos. A Citroën refere que esta situação permite “satisfazer as necessidades de 44% dos clientes do segmento de furgões compactos, os mesmos que referem que apenas ocasionalmente fazem deslocações superiores a 300 km”.

A marca automóvel acrescenta que a tecnologia a hidrogénio é menos sensível quando se trata de transportar cargas pesadas, velocidade de condução e condições meteorológicas, tais como temperaturas negativas que reduzem a autonomia: “O seu sistema exotérmico é mesmo capaz de gerar calor, melhorando o conforto térmico”, complementa.

A Suez refere a mais-valia da rapidez de carregamento do ë-Jumpy Hydrogen: “Isto é fundamental, dado que os condutores nem sempre conseguem incluir uma ou mais pausas para carregamento nas suas rondas diárias, e porque podem precisar de um veículo disponível 24 horas por dia; nesse sentido, o abastecimento (atesto) do depósito de hidrogénio demora apenas três minutos”.

Solução híbrida

Esta tecnologia a hidrogénio combina uma bateria de iões de lítio com uma pilha de combustível ligada a depósitos de hidrogénio.

Quando o hidrogénio e o ar entram em contacto com um catalisador, a pilha de combustível gera eletricidade para alimentar um motor elétrico, sendo o único resíduo libertado o vapor de água. Em comparação com uma bateria tradicional, uma pilha de combustível é considerada mais como um conversor de energia do que como um dispositivo de armazenamento.

Esta solução híbrida foi escolhida pela Citroën na sequência de pesquisas realizadas em parceria com a Symbio, uma empresa especializada em pilhas de combustível. O ë-Jumpy Hydrogen beneficia de ambas as tecnologias, ou seja, a bateria de iões de lítio de 10,5 kWh e a pilha de combustível de 45 kW, alimentada por três depósitos de hidrogénio de 700 bar, desenvolvidos pela Faurecia, e com uma capacidade de armazenamento útil de 4,4 kg de hidrogénio.

O hidrogénio fornece a energia necessária para uma maior autonomia, enquanto a bateria combina potência e desempenho com capacidade de recuperação e recarregamento de energia. Ou seja, a bateria fornece, então, a energia necessária para a aceleração e outras funcionalidades, tais como a potência suplementar necessária no arranque e durante os primeiros quilómetros.

Para a Citroën, serviços municipais e autoridades locais, setor dos transportes e logística, serviços de entregas especiais e expresso ou veículos de trabalho, tais como operadores de autoestradas estão entre os profissionais que poderão ganhar com veículos comerciais a hidrogénio.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.