No fim de semana em que comemora o centenário da sua primeira participação numa corrida de automóveis, a Aston Martin vai ter o seu modelo inicial em pista no Grande Prémio de França, no circuito de Paul Ricard. A primeira das aparições do TT1 de 1922 fez-se ontem com Sebastian Vettel ao volante.

Numa coincidência curiosa, o centenário da Aston Martin na competição ocorre em França, tal como a sua estreia no desporto automóvel, mais concretamente no GP de França de 1922. Os carros de competição foram construídos pelo fundador Lionel Martin após uma comissão por parte de um entusiasta da competição, o Conde Louis Zborowski, que investiu 10.000 libras esterlinas na sua produção e no desenvolvimento de um motor totalmente novo, de quatro cilindros e 16 válvulas.

Os TT1 e TT2 foram originalmente concebidos para o Tourist Trophy da Ilha de Man de 1922, mas um atraso na construção obrigou a sua estreia a ser adiada para o GP de França de 1922, a 15 de julho de 1922, com Zborowski a ser o piloto do TT1. Posteriormente, viria também a desenhar o ‘Chitty Bang Bang’, que inspirou o clássico ‘Chitty-Chitty-Bang-Bang’.

Também agraciado com a alcunha ‘Green Pea’ (‘Ervilha Verde’), o TT1 completou as 60 voltas da corrida de Estrasburgo, cumprindo um total de 800 quilómetros. Cem anos depois, foi a vez de Sebastian Vettel, piloto da equipa de Fórmula 1, assumir o volante daquele modelo de competição histórico, admitindo que “ocupa um lugar especial na história da Aston Martin e quase que se consegue sentir aquele século de história nas pontas dos dedos quando se está ao volante”.

Os carros da época eram substancialmente diferentes dos que hoje são utilizados na competição, não só na potência (embora atingissem já velocidades incríveis para a época), mas sobretudo na segurança, faltando elementos tão banais (atualmente) como cintos de segurança ou travões de disco às quatro rodas.

O ‘Green Pea’ tinha um motor de 1.5 litros com cerca de 55 CV de potência às 4200 rpm, com uma silhueta ao estilo ‘voiturette’, para um peso total de 750 kg. A velocidade máxima chegava aos 140 km/h.

Além disso, os carros tinham espaço para dois ocupantes, já que o piloto era acompanhado pelo mecânico que tinha, entre outras funções, a tarefa de pressurizar manualmente o depósito de combustível.

Além de demonstrar o seu modelo histórico em pista, no circuito de Paul Ricard, a Aston Martin vai ainda competir no GP de França com o logótipo original de 1913 no ‘nariz’ do AMR22, enquanto as laterais do monolugar apresentam a nova identidade e o novo logótipo recentemente apresentado.

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