Trata-se de um ‘pedaço’ de história do automóvel aquele que a RM Sotheby’s se prepara para levar a leilão, no início de 2018. Exemplar único atualmente, o G1 foi o primeiro modelo a ser produzido após a junção de esforços entre a A.L.F.A. (Anonima Lombarda Fabbrica Automobili) e o empreendedor Nicola Romeo, que gerou a Alfa Romeo, como hoje a conhecemos.

Nascido em 1921, este G1 será um dos destaques do leilão designado “Um Século de Desportivos” e que se irá realizar nos dias 18 e 19 de janeiro, na cidade americana do Arizona, num total de 11 carros que pertenciam até aqui a um colecionador da Califórnia.

Pensado para competir contra os desportivos britânicos e americanos daquela época, o G1foi o primeiro Alfa Romeo a dispor de motor de seis cilindros em linha e contava com a maior cilindrada até à data. No entanto, devido aos custos do combustível e aos impostos de então, apenas se produziram 52 unidades, incluindo dois protótipos.

O modelo que irá a leilão tem o número de chassis 6018 e foi originalmente entregue na Austrália, com o seu comprador a deixá-lo armazenado numa garagem por mais de duas décadas. Descoberto numa quinta local no final da década de 1940, o G1 esteve novamente ‘escondido’ até 1965, quando o entusiasta da marca Ross Flewell-Smith o adquiriu e se empenhou num profundo trabalho de restauro na década de 1970. Viria a sofrer novo restauro já nos anos 2000 por ação de Neville Crichton e contou já com dois prémios no Concurso de Elegância de Pebble Beach, o mais recente dos quais em 2013.

Completamente pronto para andar, este G1 é o mais antigo dos Alfa Romeo em condições de circulação, passando recentemente também pelo Museo Ferrari, em Maranello, no ano de 2015.

Imagens: Robin Adams/RM Sotheby’s (2017)

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