Antes do ZOE, um Clio elétrico em 1995

06/02/2018

Hoje com uma gama composta por diversos veículos de zero emissões (ZE), dos quais o mais sonante é o ZOE, que foi o modelo mais vendido em Portugal no ano passado, a Renault teve no passado um primeiro elétrico em formato experimental que ‘abriu’ as portas para o que viria a ser uma tendência do futuro

Denominado Elektro-Clio, esta versão do utilitário francês foi vendida entre 1995 e 2000, quando a segunda geração estava já no mercado há dois anos, tendo sido um resultado da cooperação com a Siemens. Num paralelismo com os dias de hoje, o Elektro-Clio podia ser adquirido com bateria ou, em alternativa, associado a um contrato de aluguer da bateria, conforme recorda a própria Renault Portugal.

Para primeiro exercício, porém, o Clio elétrico era apenas um aperitivo do que viria a ser o futuro, apresentando performances e valores de autonomia muito limitados. A autonomia era de 100 quilómetros a 50 km/h, que caía para os 50 quilómetros a uma velocidade de 90 km/h. O motor elétrico debitava apenas 30 CV para os 1215 kg do modelo que mantinha a tração dianteira, mas via o seu peso aumentar de forma considerável. Para evitar ainda maior impacto na autonomia do modelo francês, optou-se pela manutenção de um pequeno depósito de combustível para o sistema de aquecimento.

Já as baterias – 19 de níquel-cádmio – tinham um tempo útil de vida de cerca de 1500 ciclos de carga/descarga, tirando também algum do espaço na bagageira, que era 35% inferior na sua capacidade face ao modelo normal.

Visualmente, este Clio elétrico era praticamente idêntico à versão equipada com motor de combustão, sendo a diferença mais evidente a porta de acesso à tomada no painel dianteiro do lado direito, o qual permitia o carregamento das baterias. Também por dentro as diferenças eram mínimas, com o painel de instrumentos a manter o velocímetro, mas a receber novos indicadores sobre o carregamento e consumo das baterias.

No total, produziram-se 253 unidades (duas por dia…) deste Elektro-Clio, que não passou de um veículo experimental para ensaiar novos paradigmas de mobilidade para o futuro.