M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O avião já aparenta ser um meio de transporte muito refinado ao máximo do que é possível atingir em termos de eficiência. No entanto, não tem havido travão à pesquisa que está a ser feita para tornar os aviões mais rápidos de ponto a ponto, ao mesmo tempo que podem transportar mais pessoas por voo com uma quantidade menor de combustível. E os aviões modulares são uma proposta para melhorar as aeronaves, separando completamente os passageiros da parte mecânica.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O Clip-Air é uma proposta da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, um projeto para usar uma asa equipada com motores como suporte para cápsulas independentes, que podem servir para transportar passageiros e carga. O projeto pressupõe a criação de asas de dimensões diferentes, sendo que as maiores serão mais moduláveis, podendo transportar até três cápsulas diferentes, jogando com o tipo de passageiros (cada cápsula tem espaço para 150 pessoas) e carga que vão necessitar de transportar. Desta forma, será possível transportar mais passageiros em voos curtos, ou optar por fazer voos mistos, otimizando a utilização de combustível pela indústria de transportes aéreos.

Ao mesmo tempo, o sistema desenvolvido pelos investigadores suíços também vai reduzir o tempo perdido com a viagem para o aeroporto, o check-in e o embarque. Com os aviões modulares do projeto Clip-Air, um passageiro vai poder fazer o check-in diretamente numa estação de comboio, embarcando diretamente na cápsula que depois vai ser acoplada ao avião, sem precisar de perder dinheiro com estacionamento no aeroporto, nem de sair do seu transporte inicial ou de passar por múltiplas barreiras de controlo antes de levantar voo.

O projeto Clip-Air está a ser feito a longo prazo, com o responsável, Claudio Leonardi, a afirmar que ainda existem muitas barreiras a ultrapassar para os aviões modulares se tornarem realidade. A estrutura de suporte vai ser constituída pela asa, motores, cockpit, combustível e trem de aterragem. A cápsula vai ter que continuar a comportar-se como uma fuselagem, mas a rigidez estrutural do conjunto terá que ser garantida, tal como a redução da resistência aerodinâmica, para não aumentar os consumos. O Clip-Air também prevê o desenvolvimento de combustíveis alternativos, como hidrogénio ou biofuel, para reduzir as emissões de dióxido de carbono de cada voo em 50 por cento.

 

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