M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Boeing está a preparar a sua entrada num novo mercado que poderá significar o futuro do transporte urbano. A empresa americana de aviação quer ser a primeira a ter um carro voador elétrico fiável e acessível, de modo a que possa ser usado tanto por privados como por empresas de transportes. E embora já tenha feito o voo de batismo do protótipo do seu táxi aéreo, a Boeing formou uma parceria com a Kitty Hawk, para poder usar a tecnologia já comprovada desta startup.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Kitty Hawk, que foi financiada por um dos principais acionistas da Google, criou o seu primeiro veículo aéreo em 2017. Trata-se de um veículo de diversão, aberto e com um único lugar. Está equipado por dez motores elétricos e autonomia para dez quilómetros e pode atingir quase 50 km/h de velocidade máxima. Como não pode atingir grande velocidade nem altitude, não precisa de licença de piloto, e já pode ser comprado desde 2018, quando a sua versão de produção foi batizada Kitty Hawk Flyer.

Mas o verdadeiro interesse da Boeing na Kitty Hawk é o Cora, um verdadeiro carro voador elétrico. O Kitty Hawk Cora foi apresentado em março de 2018, e tem sido alvo de testes constantes na Califórnia e na Nova Zelândia. Com dois lugares, pode funcionar como táxi autónomo, descolando e aterrando em qualquer ponto das cidades em modo vertical. Os seus 12 motores elétricos são mais apropriados para uso comercial como transporte público citadino, pois consegue percorrer 100 quilómetros numa única carga de bateria, atingindo velocidades até 180 km/h ou subindo até os mil metros de altitude.

Estes valores já o colocam em vantagem em relação ao protótipo da Boeing, que ainda não foi testado em voo livre e que apenas tem uma autonomia de 80 quilómetros. No entanto, o gigante americano da aeronáutica já tem outros formatos pensados para o carro voador elétrico, incluindo um veículo aéreo de transporte de carga. Incorporando a tecnologia mais avançada da Kitty Hawk em estruturas mais versáteis, a Boeing poderá acelerar a entrada em produção do carro voador elétrico.

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