M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A indústria aeronáutica está muito empenhada em revolucionar o conceito de viagens aéreas, e reduzir o tempo de viagem é uma necessidade para viajantes futuros. É por isso que se tem falado muito de aviões hipersónicos, capazes de atingir velocidades muito acima das aeronaves comerciais atuais. A Boeing, uma das maiores firmas mundiais de aviação, propõe um avião que seria muito mais rápido que um Concorde, ultrapassando os 6000 km/h, e que estaria pronto dentro dos próximos 20 a 30 anos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A imagem representa o conceito do que a Boeing acredita que pode ser o seu primeiro avião hipersónico. Esta ideia vai ser mostrada ao público em breve no Salão Aéreo de Farmborough, nos Estados Unidos. O conceito mostra um avião comercial, mas a Boeing pretende que também possa ter aplicações militares ou para transporte de mercadorias. Isto obriga todas as divisões a preparar tecnologia que não só permita a um avião ultrapassar a velocidade de Mach 5, mas que seja igualmente seguro e confortável a um avião atual ao fazê-lo.

Ultrapassar uma velocidade cinco vezes a velocidade de som deverá ser a parte mais fácil antes da Boeing conseguir construir um super-Concorde. O construtor aeronáutico já investiu na Reaction Engines, cujo turbo-foguetão Sabre está em fase de desenvolvimento, com o objetivo de ultrapassar Mach 5 em voos normais e Mach 25 em voos suborbitais. Para atingir estas velocidades, muitos materiais vão ficar bem mais quentes que o habitual, mas a Universidade de Manchester já criou um material, chamado carbeto, que deverá manter a integridade física de uma aeronave com peças a funcionar à temperatura de 3000 graus.

Por isso, com a ajuda desta pesquisa, é bom que a Boeing se apresse se quiser a ser a primeira a ter um super-Concorde, pois as rivais Lockheed Martin e Rocketdyne já estão a criar os seus próprios conceitos, embora ainda virados para uma utilização militar.