M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As guerras do futuro vão travar-se em muitas frentes, incluindo à frente do monitor. A função de espionagem já é feita por alguém sentado num computador, e é um guerra fria… muito quente, onde a informação obtida pode ser muito importante. É o caso deste roubo de dados feito por hackers chineses à Marinha dos Estados Unidos, que conseguiu mais de 600 gigabytes de dados sobre um míssil para uso naval.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Esta quebra de segurança aconteceu em janeiro e fevereiro, mas só foi revelada por fonte anónima ao Washington Post este mês. Os hackers, trabalhando alegadamente para as autoridades chinesas, terão obtido estes dados diretamente dos computadores de um fornecedor das forças armadas, que estava a trabalhar para o Centro de Guerra Submarina da Marinha, baseado em Rhode Island, no nordeste dos Estados Unidos. Uma fonte oficial da Marinha confirmou que “existem medidas para notificar o Governo quando ocorre um ciber-incidente com efeitos adversos a redes que contêm informação considerada secreta”, mas que não foi o caso dos dados roubados.

Mesmo assim, este incidente é indicativo da vulnerabilidade que tem afetado os sistemas das Forças Armadas Americanas nos últimos anos. Este roubo de dados nem é dos mais importantes, já que as autoridades chinesas conseguiram roubar os dados do jato F-35 há uma década. E enquanto este avião teve vários atrasos no desenvolvimento e derrapagens no orçamento do lado americano, os chineses conseguiram fazer uma réplica funcionar muito mais depressa.