M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O uso cada vez mais intensivo de drones militares é inevitável, com novas inovações tecnológicas a permitir que sejam capazes de fazer missões diferentes e de tomar decisões mais complexas com os seus sistemas autónomos. É o caso do Loyal Wingman (companheiro fiel, em português), o novo drone militar criado pela Boeing, que vai servir para dar apoio a outra aeronave em qualquer tipo de missão, podendo também trabalhar sozinho.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Oficialmente, o “fiel companheiro” chama-se Airpower Teaming System (mais ou menos “Sistema de Parceria em Poder de Fogo Aéreo”), que vai trabalhar em conjunto com aviões pilotados, podendo ser configurado de acordo com os parâmetros específicos da Força Aérea de vários países diferentes”. Em voo, vai ter a mesma performance de qualquer avião-caça, medindo 11,7 metros de comprimento e podendo voar um máximo de 2000 milhas marítimas (3700 quilómetros) sem parar.

O seu sistema de inteligência artificial tem a habilidade de adaptar-se durante a missão a missões de acompanhamento ou para voo independente, sendo capaz de manter uma distância de segurança ao avião principal e de lhe dar apoio. Para isso, o drone está equipado com uma variedade de sensores que, além de detetarem a presença de outros aviões nas proximidades, também lhe permitem fazer missões de espionagem e reconhecimento de terreno, bem como de participar em combates “eletrónicos”, indicando que poderá interferir no funcionamento de aparelhos inimigos.

O “fiel companheiro” é o primeiro veículo aéreo da Boeing criado fora dos Estados Unidos, tendo sido desenvolvido pela sua filial australiana, contando com o apoio das autoridades deste país, que vão ajudar a testar o primeiro protótipo. O primeiro voo está marcado para 2020.