M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O desastre aéreo do Boeing 737 Max 8 da Ethiopian Airlines, na Etiópia, levou a empresa aeronáutica americana a reagir, anunciando que vai substituir o sistema de controlo de voo do seu avião de passageiros. A queda do 737-8 levou o construtor a mandar parar toda a sua frota atualmente, todos os 371 exemplares, depois do mesmo já ter sido feito por várias autoridades de aviação. Este é o segundo acidente com este modelo, depois da queda de um voo da Lion Air na Indonésia, em outubro do ano passado.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Boeing já estava a desenvolver o novo sistema de controlo de voo desde o acidente do ano passado, e acelerou a sua introdução com a queda registada este ano. O sistema MCAS de controlo de voo passa a contar com novos comandos de ângulo de ataque, para prevenir erros de leitura e resposta, e reduz o comando do estabilizador para tornar mais orgânicos os comandos do elevador na traseira. O painel de instrumentos, os manuais de operação e o treino fornecido à tripulação também foram atualizados. A Boeing conta ter estas atualizações ao sistema de controlo de voo instaladas até abril, de modo a permitir que os 737 Max 8 regressem ao ar o mais depressa possível.

Ainda assim, embora as alterações ao sistema de controlo de voo sejam uma resposta ao ocorrido no acidente da Indonésia, e que a queda na Etiópia é semelhante, o 737 Max 8 poderá ter um problema a resolver com o piloto automático, que só entra em ação quando o MCAS está desligado. O piloto automático terá tendência para colocar o avião a descer a pique de forma automática no momento em que é ligado, e que o problema só é resolvido quando o piloto retoma o controlo manual do aparelho, passando por cima do comando eletrónico. Dois pilotos de transportadoras aéreas americanas terão feito queixas separadas deste incidente.