Esta ave marinha, que tem mais de 20 espécies e subespécies espalhadas pelo mundo, tem um formato de asas que lhe permite planar durante várias horas percorrendo vários quilómetros, sempre sem mexer as asas e aproveitando a força dos ventos para subir e descer. O albatroz gigante, o mais famoso, consegue atingir uma envergadura de 3,40 metros, e mesmo perdendo altitude consegue avançar mais de 20 metros em distância por cada metro perdido em altitude.
A proposta do MIT é um drone com voo autónomo, que combina um flutuador com asas em vez de velas. Assim, usa o vento para se manter acima da superfície da água, voando exceto pelo flutuador, que mantém o contacto com a água. Com este princípio, consegue replicar um terço da distância percorrida por um albatroz, mas andando 10 vezes mais depressa que uma embarcação à vela. O peso total do conjunto é de apenas três quilogramas.
O responsável principal pelo projeto, Gabriel Bousquet, notou que, apesar de ter lugar no ar, a capacidade de planar do albatroz é semelhante ao vento a bater num barco à vela, transferindo momento linear para sem manter em movimento. No albatroz, o movimento é derivado de massas de ar a deslocarem-se a velocidades diferentes, no barco, é derivado da diferença de densidade entre o ar e a água. A proposta de Bousquet propõe reduzir o principal obstáculo do barco, a fricção causada pela água, reduzindo a superfície de contacto ao mesmo tempo que continua a usar o vento. Em cálculos, estimou-se que o robô voador/flutuador pode atingir velocidades de 20 nós, ou 37 km/h.
Este aparelho é mais que um simples exercício técnico. O robô albatroz deverá ter um propósito específico, pois como é um drone leve, pode ser equipado com uma câmara e mover-se mais depressa que um barco à vela para filmar e catalogar grandes áreas do oceano numa quantidade de tempo muito menor, e gastando menos energia.