M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Na Rússia, a indústria ligada à mobilidade e à inteligência artificial trabalham muito em conjunto com os militares, e não têm problema em divulgar os seus avanços mais recentes. É o caso deste tanque-drone, utilizando uma plataforma bastante versátil, que pode ser preparado para virtualmente todo o tipo de missões, podendo trabalhar sozinho ou dando apoio a um grupo de infantaria.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O tanque-drone, batizado plataforma experimental Marker, foi desenvolvido pela Fundação de Pesquisa Avançada, uma empresa estatal russa. O Marker pode ser combinado com vários tipos de tecnologia, dependendo das missões para que for enviado. Atualmente, ainda está em fase de testes, para verificar a quantidade de peso que a parte móvel do sistema pode transportar de forma eficiente, em sensores, armamento e pessoal. O tanque-drone tanto pode ser comandado à distância como tripulado.

Entre as variante já testadas do Marker, o destaque vai para a plataforma móvel de armas, equipada com uma espingarda Kalashnikov e um lançador de granadas anti-tanque. O sistema de inteligência artificial consegue mirar num alvo, permitindo a ambas as armas responder à direção para onde um soldado de infantaria aponta, o que pode ser visto no vídeo. Graças a essa capacidade de triangulação, também pode trabalhar em conjunto com um avião caça, a baixa altitude, atacando em duas frentes. E embora a plataforma tenha sido testada num tanque-drone, o Marker também poderá dar origem a aeronaves de pequenas dimensões, que podem funcionar em enxame.

A plataforma do Marker vai permitir às forças armadas russas criarem robôs de combate mais avançados e diminuir o número de ativos humanos no terreno, mantendo apenas o mínimo necessário para que possam ser mais eficientes numa missão. Prevê-se que trabalhem sozinhos e de forma autónoma na maior parte das operações, identificando um alvo e disparando sem precisarem de esperar por uma ordem.