M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O barco autónomo vai ser o próximo meio de transporte a invadir as grandes cidades europeias. Embora o carro autónomo já seja antecipado como uma forma eficiente de reduzir o tráfego nas ruas, todas as cidades com cursos de água navegáveis poderão beneficiar desta tecnologia, começando pelos canais de Amesterdão, capital da Holanda.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Desde 2016 que o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusets) tem vindo a trabalhar em tecnologia para criar embarcações autónomas. A evolução mais recente desta tecnologia permite aos barcos trabalharem em conjunto, acoplando-se aos seus “irmãos” para poder construir embarcações diferentes, conforme as necessidades. Os barcos também vão continuar a tentar unir-se, mesmo que não o consigam fazer à primeira tentativa.

Neste caso, a cidade de Amesterdão pretende aproveitar os seus 165 canais, que correspondem a um quarto da área de superfície da capital holandesa, para substituir muitas das estradas como via de comunicação privilegiada. Com o novo conceito de barco autónomo criado pelo MIT, estes veículos vão poder transportar pessoas e mercadorias, apanhar lixo e fazer plataformas que podem servir para concertos, restaurantes e pontes.

Ao poderem acoplar-se, os barcos de pequenos dimensões, cada um com a sua fronte de energia, vão funcionar de forma eficiente, acoplando mais um componente se for preciso uma base maior para o trabalho proposto, ou retirando um componente que não esteja a ser usado a ser direcionado para outra função noutro local. A frota de Amesterdão de barcos autónomos vai ter um casco retangular, equipado com sensores e propulsores, câmaras e sensores de GPS.

Em testes efetuados pelo MIT em Amesterdão, cada unidade individual do barco autónomo, batizado Roboat, conseguiu acoplar-se com sucesso em dez segundos, a partir de uma distância de um metro, mas geralmente precisando de mais de uma tentativa.