M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
No passado dia 3, depois do ataque terrorista em Londres, um grupo de forças especiais aterrou na capital britânica, num helicóptero azul-escuro sem matrícula nem insígnias de identificação. O secretismo da operação levou os observadores a chamá-lo Raio Azul, em honra ao filme e série de televisão dos anos 80. E também deixaram muitos a especular sobre a sua origem.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Bem, essa parte até é fácil de saber. O “raio azul” afinal era apenas um exemplar de um dos helicópteros de transporte de pessoas mais vulgar e versátil na Europa: o AS365 Dauphin (“golfinho”, em francês). O AS365 está no mercado há quase 40 anos, iniciando a sua produção no final de 1978, três anos depois de ser apresentado em público.

A sua versatilidade é tanta que conseguiu sobreviver a três mudanças de marca. Originalmente lançado pela francesa Aérospatiale, passou depois a ser vendido pela Eurocopter, uma nova empresa resultante da fusão da Aérospatile e DASA, em 1992. Em 2000, a Eurocopter passou a ser uma das marcas da EADS, que mudou de nome para Airbus em 2014. Nestas circunstâncias, a Eurocopter passou a chamar-se Airbus Helicopters.

O Dauphin tem várias variantes, para aplicações civis e militares. Tem espaço para 12 ocupantes e um peso bruto de 4300 kg, conseguindo acelerar até aos 165 nós (306 km/h) com as suas duas turbinas de 850 cv cada. O seu substituto, o H160, foi apresentado em 2015, mas só deve começar a ser produzido em 2019. Até lá, os números de produção do Dauphin devem continuar a crescer, já tendo ultrapassado as 1000 unidades em 2011.