A Bentley está a trabalhar num conceito de motor elétrico que erradica a utilização de metais raros e preciosos, tendo levado a cabo um estudo profundo para a investigação de conceitos de produção mais sustentáveis que se irá ainda estender aos longo dos próximos anos.

No plano de produto da Bentley para o futuro, os carros elétricos terão um papel importante (o primeiro está previsto para 2026), pelo que a marca de Crewe está a investigar com atenção as potencialidades de uma nova abordagem à produção de motores elétricos.

Essa investigação tem a denominação OCTOPUS, que em português significa ‘polvo’, parecendo algo retirado de um filme de James Bond, mas, na língua original serve de acrónimo para ‘Optimised Components, Test and simulatiOn, toolkits for Powertrains which integrate Ultra high-speed motor Solutions’.

Ao longo dos últimos 18 meses, a pesquisa levada a cabo pela marca e pelos seus parceiros neste projeto descobriu que há soluções de motores elétricos de íman permanente de última geração, mas sem necessidade de metais raros ou utilização de cobre, sendo por isso mais acessíveis e sustentáveis, tanto na parte da produção, como na reciclagem.

O estudo OCTOPUS vai agora pegar nesta motor de ponta, eletrónica e design de compactação da transmissão, juntando-lhe materiais de próxima geração, processos de produção e ciclos de teste e de simulação para desenvolver um eixo eletrificado (ou seja, um ‘e-axle’) mais compacto e capaz de elevadas prestações e eficiência. Ao mesmo tempo, poderá ser integrado de forma mais natural nas futuras arquiteturas elétricas de veículos, ganhando espaço no habitáculo e nas extremidades, por exemplo, para bagagens.

O primeiro modelo elétrico da Bentley a tirar partido deste novo sistema de compactação e produção de motores elétricos é esperado para 2026. Essa pesquisa tira partido do financiamento do Governo britânico e irá continuar em parceria com o departamento de incentivo à inovação e desenvolvimento do Reino Unido, a ‘Innovate UK’.