Bugatti Chiron: Incrível recorde de velocidade com os 500 km/h ‘ali tão perto’

02/09/2019

Muito se especulou nos últimos anos quanto ao potencial do hiperdesportivo Bugatti Chiron no que diz respeito à velocidade de ponta, sendo que um dos entraves à obtenção de um registo acima dos 450 km/h prendia-se com a resistência dos pneus, mais do que com a fiabilidade aerodinâmica ou mecânica. No entanto, resolvida essa questão, a marca de Molsheim foi até ao Norte da Alemanha para obter um novo recorde e romper a barreira das 300 milhas por hora.

Para esta proeza, a Bugatti recorreu a um piloto bastante experiente na matéria, Andy Wallace, que, além de piloto profissional, também participou na obtenção de recorde semelhante para o McLaren F1. Agora, há um novo recordista entre os veículos de produção em série, com uma unidade de pré-produção do Chiron a ser cronometrada a 304,773 mph, ou seja, 490,484 km/h. O recorde foi verificado por uma entidade independente, que o certificou.

O registo foi obtido durante o passado mês de agosto, na pista de testes da Bugatti em Ehra-Lessien, tendo também beneficiado da parceria com a Michelin, que equipou o hiperdesportivo de 1500 CV de potência com unidades Pilot Sport Cup 2.

No entanto, os pneus da Michelin que foram utilizados pelo Chiron nesta proeza foram únicos, ainda que mantenham muitas semelhanças com as especificações padrão OE. São identificados pela marcação ‘BG’, o que significa que foram desenvolvidos para serem instalados no Bugatti, e que estão homologados para a sua utilização em estrada. A única diferença é que a cintura da carcaça dos pneus utilizados no recorde contava com reforços específicos para suportar a força centrífuga a que os pneus são submetidos a velocidades tão elevadas, equivalente a 5300 vezes a força da gravidade.

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Os engenheiros da Michelin e da Bugatti trabalharam no desenvolvimento conjunto dos pneus e do chassis, aproveitando ao máximo os avanços tecnológicos, os materiais e os mais recentes avanços de produção.

O carro francês recebeu ainda algumas alterações aerodinâmicas, para maior eficácia na sua tentativa, além de dispor de reforços de segurança no habitáculo com um cinto de seis pontos e uma jaula de segurança adicional. A Dallara foi assistente da Bugatti neste processo.

Parabéns e… Adeus?

Por mais paradoxal que possa parecer, o momento de celebrações pelo anúncio de tal recorde foi também escolhido pelo CEO da marca, Stephen Winkelmann, para revelar que doravante a Bugatti deixará de estar interessada na construção de automóveis com o propósito de procurarem recordes de rapidez, indiciando que o interesse agora será conceber outros projetos.

“A Bugatti mostrou uma vez mais aquilo de que é capaz. Com este novo recorde do Chiron, voltámos a desbravar território. Nunca antes um fabricante de carros de produção em série havia atingido esta velocidade tão alta”, começou por dizer. “O nosso objetivo era ser o primeiro construtor a atingir a marca mítica das 300 milhas por hora. Agora conseguimos atingi-la, tornando-nos, toda a equipa e a mim, incrivelmente orgulhosos. Mostrámos várias vezes que produzimos os carros mais rápidos do mundo. No futuro, vamos focar-nos noutras áreas”, acrescentou.

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