No âmbito do esforço para reduzir as emissões poluentes e o congestionamento no centro de Lisboa, o Presidente da autarquia, Fernando Medina, anunciou hoje que a zona da Baixa-Chiado passará a ser “de emissões reduzidas” onde a circulação automóvel será reduzida ao “mínimo indispensável”.

“Vamos avançar em definitivo para combater a poluição nas zonas centrais da cidade de Lisboa, reduzindo a circulação automóvel na Avenida da Liberdade e na Baixa da cidade”, afirmou Fernando Medina, numa conversa com jovens no Pavilhão Carlos Lopes, inserida nas cerimónias que marcaram o arranque de Lisboa Capital Verde Europeia 2020.

“Mas, não devíamos ter feito isto antes?”, questionou o autarca, para logo de seguida dar a resposta, explicando que o município só agora irá avançar com a medida, pois acredita que o atual sistema de transportes públicos vai assegurar que tudo irá “funcionar bem e que se irá viver melhor” naquela zona.

Numa intervenção em que voltou a falar do “orgulho e responsabilidade” que representa a atribuição da distinção Lisboa Capital Verde Europeia 2020, Fernando Medina referiu-se ainda à dificuldade em arranjar casa na cidade, assegurando que o município está “a tentar fazer tudo aquilo” que pode.

Contudo, além da responsabilidade de apoiar os jovens e a classe média no acesso à habitação, a autarquia deve fazê-lo de “forma inteligente”, integrando “a resolução do desafio da habitação no desafio ambiental de redução das alterações climáticas”.
“Hoje com políticas inteligentes é possível ter casas e ter prédios que em si são neutros em emissão de carbono”, sustentou.

Assim, já este ano vão começar a ser construídas casas “emissão zero”, estando a sua conclusão prevista para 2021. Inicialmente, serão construídas 130 casas “na Avenida das Forças Armadas, junto do ISCTE, junto da Cidade Universitária”, para depois atingir as três mil casas de emissões zero”, concretizou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.