M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
No tempo do Patrol, Land Cruiser, Land Rover e do UMM, não existia nenhum modelo todo-o-terreno que pudesse ser usado como viatura de trabalho, de passeio e para a família. Já existiam modelos luxuosos, como o Range Rover, mas faltava criar o SUV, algo que fosse aventureiro, prático na cidade e acessível. E o carro que mais se aproximava do conceito era o Peugeot 505.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A carrinha 505, com três filas de bancos e a placa “Renforcé” no portão traseiro, era um dos carros preferidos dos portugueses nos anos 70 e 80. Tinha uma suspensão bem adaptada para andar na estrada e fora dela, era resistente e carregava bem qualquer coisa. Também tinha espaço para uma terceira fila de bancos, se fosse preciso. Só lhe faltava a tração às quatro rodas, mas a Peugeot nunca fez uma versão oficial.

Foi a pensar nessa lacuna que o preparador francês Henry Dangel fundou uma marca com o seu nome, em 1980. A Dangel transformou 5000 carrinhas Peugeot, das quais 4500 eram 504 e apenas 500 unidades pertenceram à mais recente 505. Esta unidade, em particular, foi entregue à embaixada francesa na Líbia, e estava equipada com o motor 2.0 a gasolina (em Portugal, preferíamos os Turbo Diesel), recebendo decorações que contam a sua historia. Hoje, está na Itália, uma das 20 sobreviventes na Europa, mas o seu proprietário está à procura de um novo dono, esperando receber entre 16 e 20 mil euros por ela, em leilão.

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