Na verdade, a lenda vai mais longe, pois a NKVD, uma das agências antecessoras da KGB, já usava carros pretos com preparação especial no final dos anos 30. Estes eram construídos na fábrica GAZ, de onde mais tarde surgiriam os modelos com as marcas Volga e Chaika. Assim, ainda antea da Segunda Guerra, já eram associados às purgas de Stalin.
Nos anos 50, a marca Volga ficou associada ao afastamento do então vice-primeiro-ministro Molotov, por incompatibilidades com Khrushchev. Os raptos de crianças só ficaram associados à lenda nos anos 60 e ganharam força em repúblicas soviéticas que não a Rússia, bem como no Pacto de Varsóvia e a Mongólia, mas nunca houve nenhuma explicação para esta associação. Também se dizia que quem desafiasse o carro soviético da morte desapareceria dentro de 24 horas.
Depois da desagregação da União Soviética, a GAZ nunca renovou a sua gama de automóveis de passageiros, deixando de os produzir em 2011. O “Volga Negro” passou a ser identificado com modelos de luxo importados, também de cor negra, os preferidos da máfia russa.
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