M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Já ouviu falar em carros desportivos e luxuosos com motores V6, V8 e até V12. Este último é só para modelos mesmo caros, com seis algarismos no preço final. O V8 é preferido da indústria americana, onde se tornou um clássico pela sua fiabilidade. O V6 é favorito entre as marcas generalistas europeias por ser compacto mas potente, ideal para pequenos desportivos. E o seu carro? Tem um motor de quatro cilindros, então é V4, certo? Não, diz-lhe o seu amigo que percebe de carros. São quatro cilindros em linha.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mas qual é a diferença. Um motor de cilindros em linha tem, como o nome indica, os cilindros a seguir uns aos outros. Um motor com cilindros em V tem-nos abertos em ângulo, metade para cada lado. Por isso é que se chamam V-qualquer coisa. O motor de quatro cilindros em linha é o formato mais comum de motores, mais do que isso fica caro de fazer e ocupa muito espaço (embora a BMW, Mercedes e, no passado, Volvo e Jaguar, tenham motores de seis cilindros em linha). O V6, o V8 e V12 permitem fazer motores mais compactos. Mas o V4 também seria caro e não teria nenhuma vantagem prática, mesmo com as dimensões compactas.

O V4 foi inventado em 1896, e foi usado por algumas marcas europeias, especialmente nos anos 60 e 70. Nos anos 90, o último exemplar foi construído na Ucrânia. Mas continua a ser usado onde o desenho compacto é necessário, especialmente em motociclos, onde quase todas as marcas têm uma versão com um motor deste género.