Olhando para o Hoffmann, não dá para perceber onde é que o carro é mau. Tendo em conta que foi feito numa garagem com peças de ferro-velho, a qualidade de construção até parece bastante boa. Talvez a escolha do motor de 200 cc de 6,5 cv seja questionável, mas com isso Hoffmann conseguiu registá-lo como motociclo e não precisou de tirar a carta de condução ou pagar impostos.
Mas é quando se olha para a engenharia que se percebe de onde vem a fama. Hoffmann desenhou tudo mal no seu carro, que só tem três rodas, com o eixo dianteiro a ser mais largo do que a distância entre eixos, ou seja, é mais largo que comprido. Para cúmulo, o volante atuava sobre a roda traseira, o que o tornava ainda mais instável em curva. O tubo do depósito de combustível e os cabos da direção passa, por dentro do habitáculo, deixando pouco espaço para o passageiro. E o escape parece que está virado para dentro em vez de para fora.
O Hoffmann foi restaurado em 1996 na Alemanha, recuperando até alguns erros de construção ao detalhe. Este estranho veículo pode agora ser apreciado pelo público no Museu Automóvel Lane, que fica em Nashville, nos Estados Unidos.
