Têm sido anos de crescimento interessantes para a Lexus, que em 2018 obteve o seu quinto ano consecutivo de ganhos na Europa, mas também um aumento considerável nas vendas em Portugal. Com efeito, em 2018, a marca nipónica teve um crescimento de 24% nas vendas face ao ano anterior (equivalente a 0,3% de quota de mercado), o que os seus responsáveis em Portugal apontam como um resultado de grande valor.
Um dos fatores apontados para esse aumento de vendas é a eletrificação, cada vez mais uma tendência e que na Lexus encontra um ‘casamento’ quase perfeito com a gama, já que a marca tem todos os seus modelos em versão híbrida (ainda sem elétricos, mas lá chegará). Mas, o design também terá o seu peso, com a Lexus a manter-se fiel ao seu princípio de diferenciação estética e de tratamento privilegiado do cliente.
Tudo características que compõem o carácter do ES de nova geração, um dos modelos de maior importância história na Lexus, sobretudo por ter sido, juntamente com o LS, um dos ‘fundadores’, em 1989. Com mais de 2.3 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, o ES entra na sua sétima geração, com quatro pilares essenciais: design (apelando ao que chama de ‘elegância provocativa’ que não deixa ninguém indiferente), tecnologia (com elementos como o ecrã TFT de 7”, navegação Premium com ecrã de 12.3”, head-up display, um dos maiores do segmento, e assistentes de condução), conforto (espaço e silêncio de rolamento) e prestações (unidade híbrida de última geração).
Neste conjunto de parâmetros, o ES 300h surge como o derradeiro aspeto de evolução da marca nipónica, recorrendo a uma plataforma de nova geração, a GA-K, que permite maior rigidez estrutural e um exterior mais aerodinâmico, aproveitando ainda para dispor mais espaço a bordo, graças ao aumento das dimensões no comprimento (mais 66,0 mm) sem aumentar o peso. Com 4,98 m de comprimento, 1,87 m de largura e 1,45 m de altura, para uma distância entre eixos de 2,87 m, o ES 300h promove mesmo um aumento das cotas de habitabilidade sem reflexos no peso. Atrás, o espaço para as pernas é imenso, o mesmo se aplicando à altura.
Evolução híbrida
A mecânica do ES 300h assenta numa evolução do sistema híbrido, que vai já na sua quarta geração, tirando partido de um novo motor 2.5 a gasolina de quatro cilindros de ciclo Atkinson (injeção direta com dupla árvore de cames à cabeça, admissão VVT-iW e sistema de escape VVT-i com 178 CV) a que se junta um motor elétrico para uma potência total de 218 CV e binário máximo de 221 Nm entre as 4200 e as 5400 rpm. Tudo isto com consumo médio homologado de 4,4 l/100 km (já em WLTP). Mais compacta em 10% e leve (assim posicionada sob os bancos traseiros), a bateria de hidretos-metal niquel permite deslocação mais prolongada em modo elétrico e prestações mais eficazes.
O novo Lexus ES 300h conta com diversos modos de condução: Eco, Custom, Normal, Sport S e Sport S+.
Na estrada, num curto trajeto realizado em Cascais e Sintra, comprovámos a grande evolução sentida a nível mecânico, variando o seu carácter consoante o modo de condução escolhido (a partir de uma haste colocada no lado direito da isntrumentação). Em ECO, é mais paciente e privilegia a economia, trazendo o motor elétrico mais vezes à ação em condições ideais de condução, e no modo Sport S+, reagindo de forma mais pronta, transmitindo a potência às rodas da frente com prontidão e de forma enérgica, ainda que sempre rimando com suavidade a bordo.
A aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em 8,9 segundos e a velocidade máxima é de 180 km/h. Conta ainda com uma caixa de velocidades automática que evolui da anterior de variação contínua, mas com seis mudanças preestabelecidas (que influem pouco na condução, mas que podem ser selecionadas através de patilhas atrás do volante). A sensação geral foi de agrado, suavidade e silêncio a bordo, com muita elasticidade do motor, proporcionando respostas eficazes sem aumentar excessivamente o ruído a bordo.
O sistema head-up display deste Lexus ES destaca-se por ser um dos maiores do segmento Premium, com dimensões de 260 mm x 97,5 mm, posicionando-se à frente do condutor de forma a dar a impressão de projetar informações a dois metros e meio. Pode projetar diversas informações da viagem e de navegação.
Igualmente muito interessante pareceu-nos o comportamento dinâmico do ES 300h, com mudanças de direção compostas e bom feedback geral, com elevada estabilidade direcional em curva, demonstrando que o chassis tem um bom compromisso entre conforto e dinamismo. Será, no entanto, mais orientado para toadas tranquilas do que para divertir em estradas de montanha, mas cumpre com segurança e dá bastante margem de progresso ao condutor. Note-se que o esquema de suspensões é MacPherson à frente e independente atrás, destacando-se ainda pela estreia mundial de uma válvula de ultra baixa velocidade para trajetórias mais precisas.
Concluindo, o ES 300h progrediu bastante e está agora mais evoluído em todos os sentidos, não só pela unidade híbrida altamente eficiente (nesse trajeto, em que os jornalistas iam trocando de carros entre si, chegámos ao final de 50 quilómetros com 5,5 l/100 km de média), mas também pelo comportamento, que é mais preciso em toadas velozes e confortável quando se viaja com tranquilidade.
Segurança em destaque
O ES 300h conta com um novo pacote de assistentes à condução, denominado Lexus Safety System Plus, que, entre outros, oferece assistente de pré-colisão com reconhecimento noturno de peões, sistema de máximos adaptativos (AHS) ou o sistema de alerta de estacionamento à retaguarda, que alerta para as manobras de saída de estacionamentos, por exemplo. Além disso, com o denominado sistema Lexus Codrive, disponibiliza condução semiautónoma em que o cruise control adaptativo é conciliado com o assistente de manutenção de faixa para ler as linhas no asfalto ou o carro da frente, caso não existam marcações no piso.
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