Além dos Classe A e Classe B em versão Plug-in híbrida, a Mercedes-Benz também apresentou recentemente a variante Plug-in do GLE 350 Diesel, com a marca a reforçar assim a sua posição de fabricante com soluções híbridas com motor a gasolina e a gasóleo. No caso do GLE de estreia-se a terceira geração do sistema de eletrificação com uma autonomia WLTP em modo elétrico de quase 100 quilómetros.

A passagem pelo Salão de Frankfurt trouxe à marca um alento reforçado na filosofia ecológica. Não só apresentou os seus seus modelos compactos A (compacto e sedan) em formatos Plug-in, como também revelou o grande GLE com a mesma filosofia. Sabendo-se da maior pegada ecológica dos SUV, esta pode ser uma solução bastante importante, além de fomentar também a autonomia total.

A marca recorreu neste modelo a uma nova composição do esquema das baterias, dispondo do dobro das células da versão anterior, mas com o mesmo tamanho. Com 43 Ah, esta bateria tem duas placas em paralelo, duplicando assim a sua capacidade (15.6 kWh vezes dois, ou seja, total de 31.2 kWh), podendo assim obter uma potência elétrica de 100 kW e 440 Nm de binário. O motor de quatro cilindros em linha turbodiesel de última geração oferece 194 CV e 400 Nm. Combinados, estes dois motores oferecem 235 kW ou 320 CV, para um binário máximo de 700 Nm. O motor está associado a uma caixa automática 9G-TRONIC híbrida. Acelera dos zero aos 100 km/h em desportivos 6,8 segundos e atinge uma velocidade máxima de 210 km/h com o motor térmico e de 160 km/h apenas com o motor elétrico.

O consumo médio de combustível é de 1,1 l/100 km para emissões de 29 g/km de CO2, enquanto ao consumo energético é de 25.4 kWh/100 km.

O carregamento pode ser feito em DC ou AC. No primeiro caso, pode receber até 64 kW em tomadas CCS para carregar dos 10% aos 80% em 20 minutos. No segundo caso, recorrendo a uma wallbox em AC de 7.4 kW, o tempo estende-se para as 3h15m.

Para incrementar a eficiência, a marca melhorou o sistema de recuperação de energia cinética, graças a uma evolução do sistema 4MATIC com entrega variável do binário entre os dois eixos. Isso quer dizer que o binário de 700 Nm podem ser distribuídos continuamente entre os eixos da frente ou traseiro. Além de melhorar a performance em pisos escorregadios ou com obstáculos, intensifica também a recuperação de energia que pode beneficiar de diferentes modos de regeneração (do mais intenso ao menos evidente), com a possibilidade de recuperar até 1800 Nm de binário elétrico nas rodas. A redução da bagageira pela colocação das baterias é marginal.

A condução assume os mesmos preceitos dos outros modelos híbridos da marca, com enorme refinamento e margem de progressão a partir da motorização elétrica. A ótima insonorização faz com que o ruído exterior seja praticamente inaudível uma vez fechadas as portas e os vidros. Em modo elétrico, a combinação dos dois motores com o binário disponível de forma lesta faz o GLE responder com prontidão, mesmo sabendo-se que há duas toneladas para movimentar. Não sendo um desportivo, o ritmo adotado pode ser elevado, mas compensa muito mais deixar este SUV rolar em modo elétrico sempre que possível, até porque o potencial de fidelidade à autonomia anunciada no painel de instrumentos é elevado.

Em Frankfurt, num breve contacto dinâmico com este modelo, percorremos cerca de 25 quilómetros em modo quase sempre elétrico, percorrendo maioritariamente vias urbanas. Terminámos essa prova com um total de 75 quilómetros restantes na bateria. Infelizmente, não registámos o consumo energético da experiência.

O tato da direção agrada e o mesmo se aplica ao do travão, não denunciando a tecnologia de regeneração de energia que costuma ser tão notória neste tipo de veículos. A utilização das patilhas atrás do volante também ajuda na salvaguarda da autonomia da bateria, embora em modo Sport (do Dynamic Select) as mesmas passem a controlar as passagens de caixa.

O novo Mercedes-Benz GLE 350 de 4MATIC chegará ao mercado no primeiro trimestre de 2020, integrando-se na autêntica ofensiva eletrificada que a marca alemã prepara.

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