Numa publicação partilhada na rede social LinkedIn, Diess explicou que o período de encerramento temporário em muitas das fábricas europeias poderá ser maior do que o inicialmente esperado.
“A maior parte das nossas fábricas fecham por duas semanas, nalgumas regiões três. É provável que as medidas se venham a prolongar. A propagação do vírus é improvável que tenha parado dentro de várias semanas. Pelo que temos de estar preparados para viver com a ameaça por um longo tempo – até que medicação eficaz ou vacinação fique disponível”, escreveu Herbert Diess.
O Grupo Volkswagen foi muito proativo nas medidas que tomou para tentar conter a propagação do novo coronavírus, sendo lesta a suspender a produção na grande maioria das suas unidades laborais, incluindo a da Autoeuropa, em Palmela. Note-se que o grupo detém marcas como a Volkswagen, SEAT, Audi, Bentley, Skoda ou Lamborghini.
Se as fábricas da Volkswagen na China começam agora a retomar a sua atividade quase normal – bem como os concessionários –, na Europa o cenário é ainda muito incerto, como explica também Herbert Diess, preferindo não estabelecer prazos para o reinício de atividades no Velho Continente atendendo à volatilidade da situação.
“Mais de 100.000 funcionários da Volkswagen na China estão a recomeçar a sua atividade depois de superada a crise aguda. As medidas organizacionais e sanitárias estão a ser continuadas com grande disciplina – a meu ver exemplares – para conter a propagação do vírus sob controlo mesmo após o confinamento agudo”, indicou ainda.Se a procura é praticamente nula na Europa e noutras zonas do mundo, não fazendo sentido ter fábricas a produzir automóveis ou componentes, Diess admite, no entanto, que há outras valências para as suas atividades, nomeadamente na produção de dispositivos de medição de temperatura, máscaras respiratórias, desinfetantes e dispositivos de diagnóstico.
“Estamos a tentar colocar a nossa presença global, cadeias logísticas e recursos para lidar com esta crise global”.