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Criador do Countach original não ficou satisfeito com versão moderna

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Autor do Countach original, Marcello Gandini terá ficado pouco agradado com a reinterpretação moderna do clássico pela Lamborghini, mas sobretudo pela ideia transmitida de que teria ajudado na criação da versão moderna apresentada este verão pela marca italiana.

Apresentado como uma celebração do 50o aniversário do Countach original, desenhado por Gandini, o novo Countach LPI 800-4 tem por base o Sián FKP 37, contando com uma motorização híbrida avançada em que o motor V12 está no centro das atenções – embora com ajuda de supercapacitadores que ajudam na performance.

Porém, após toda a atenção que o projeto granjeou e a informação de uma produção em número limitado do novo Countach, Marcello Gandini preferiu demarcar-se do projeto, emitindo um comunicado através da THINK PR, agência de comunicação da sua filha, Marzia Gandini Provera, no qual clarifica que “não participou nem aprova o projeto, não tendo dando a sua aprovação”, de acordo com uma informação publicada pelo site Autocar.co.nz.

No cerne da questão estará ainda um vídeo (que pode ver mais abaixo) lançado pela Lamborghini sobre um encontro entre Gandini e o atual diretor de design da marca de Sant’Agata Bolognese, Mitja Bokert, sobre o 50º aniversário do Countach, tendo este último apresentado um modelo à escala que seria um tributo pessoal ao designer octogenário, feito para si e que estaria na base de um modelo de celebração a ser apresentado no verão. Porém, o comunicado agora emitido por Gandini garante que “nunca antes, nem durante a entrevista foi referido que o carro teria uma produção limitada”, enfatizando que a participação no vídeo não simbolizou uma aprovação tácita ou a sua participação no projeto.

“As notícias da imprensa que se seguiram deixaram claro que a entrevista não era um fim em si como uma celebração do 50o aniversário do Countach, mas marcou o início da produção em série e das vendas do seu ‘remake’ e, vendo o uso feito da entrevista supracitada, é importante retificar os factos”, adiantou ainda o comunicado.

“Construí a minha identidade como designer, especialmente, quando trabalhei em supercarros para a Lamborghini, com base num conceito único: cada novo modelo em que trabalhei seria uma inovação, um revolucionário, algo completamente diferente do anterior. Coragem, a capacidade de criar uma rutura sem se colar ao sucesso do carro anterior, a confiança de não querer ceder ao hábito foram a essência do meu trabalho. É óbvio que os mercados e o marketing em si mudaram bastante desde então, mas no que me diz respeito, repetir um modelo do passado representa na minha opinião a negação dos princípios fundadores do meu ADN de designer”, concluiu.

Uma posição curiosa atendendo a que uma grande parte dos construtores automóveis olha atualmente para o seu passado como molde de inspiração para produções atuais ou para modelos especiais.

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