A Dodge revelou o primeiro Charger elétrico ainda em versão ainda conceptual, mas com todos os atributos para poder chegar à produção em série sem grandes alterações.

Confirmado o final dos Dodge Charger e Challenger com motor de combustão, a marca americana apresentou o protótipo para o futuro modelo elétrico, o Charger Daytona SRT Concept, que assume um estilo retro em linha com o passado, mas uma motorização 100% elétrica mais consentânea com as ambições ecológicas do futuro.

A Ford já havia feito uma primeira abordagem à reinterpretação elétrica dos modelos icónicos da América com a criação do Mustang Mach-E, mas manteve a versão com motor de combustão. Porém, no caso da Dodge, o novo Charger Daytona SRT apresentado ainda em versão conceptual assume mesmo o lugar dos antigos modelos com motor térmico, prometendo diferentes níveis de potência e capacidades de carregamento igualmente distintos entre si.

A Dodge promete que este modelo pode ser conduzido como um Dodge, embora com um conceito de mobilidade elétrica, dispondo de três conceitos considerados fundamentais: a asa dianteira ‘R-Wing’ para um perfil aerodinâmico imediatamente reconhecível, a replicação de sistema de escape especial produzido para simular sonoridade de um motor V8 (podendo chegar aos 126 DB) e a transmissão eRupt com múltiplas velocidades com base numa experiência eletro-mecânica para maior ligação emocional ao passado.

Em termos de design, o novo concept da Dodge não corta com o passado, embora apresente diversas evoluções estéticas que aprumam a vertente aerodinâmica. Um dos exemplos claros é a da grelha diateira que desaparece e é substituída por um conceito de asa sob a qual o fluxo de ar é desviado pelo capot rumo ao para-brisas, embora conseguindo manter a identidade do Charger, tanto de frente, como de perfil. Os símbolos da marca são iluminados, para identificar a sua nova motorização, enquanto o próprio desenho da iluminação exterior para os grupos óticos revela uma aparência exclusiva.

Uma espécie de escape

Embora sem detalhar os níveis de potência disponíveis, a Dodge dá conta de que este modelo poderá ter diferentes valores disponíveis, graças ao novo sistema motriz Banshee de 800 V, o que torna este modelo capaz de prestações extremamente rápidas, sendo mais veloz do que o Hellcat em todas as áreas fundamentais de performance, ao passo que o sistema de tração integral melhora o dinamismo e o controlo dessa mesma energia.

Um dos aspetos mais interessantes deste Dodge é a caixa eRupt com mudanças de velocidades eletro-mecânicas para oferecer passagens de carixa como nos modelos convencionais. No volante, há também um botão ‘PowerShot’ para disponibilização imediata de toda a potência para uma ultrapassagem, por exemplo.

Além disso, contrariamente a todos os outros elétricos, a Dodge ousou colocar neste concept um sistema de escape, ainda que distinto de um tradicional. Capaz de gerar uma sonoridade de motor até 126 dB, este sistema recorre a um amplificador e câmara de tuning localizados na traseira do veículo. Ou seja, o seu conceito não é o de servir de escape a gases provenientes do motor.

O interior é também futurista, centrando as suas atenções no condutor, recorrendo também a diversos aspetos retirados de modelos clássicos como o Charger de 1968. A consola central apresenta um protetor de plástico para o botão de ignição que é manuseado como se se tratasse de um comando de um caça para disparar mísseis. Outro comando no volante permite selecionar entre os modos de condução ‘Auto’, ‘Sport’, ‘Track’ e ‘Drag’, alterando as características dinâmicas e a apresentação do painel de instrumentos.

Para tornar o ambiente a bordo mais acolhedor para os outros passageiros, conta também com um tejadilho panorâmico em vidro, bancos traseiros rebatíveis e capacidade de carga bastante melhorada.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.