O Laboratório de Química da Universidade Católica da Lovaina, na Bélgica, já tinha descoberto em 2014 que a celulose da serradura pode ser convertida nos componentes principais do petróleo, dando origem a cadeias moleculares de hidrocarbonetos. Esta forma básica de combustível, que é praticamente idêntica ao petróleo encontrado na natureza, pode ser adicionada à gasolina, transformando-a num biocombustível.
Para refinar este aditivo de celulose, os investigadores da Universidade da Lovaina montaram um reator no químico no Laboratório e começaram a produzir este componente em pequena escala. Mas agora já foi descoberta a fase ideal em que a celulose pode ser adicionada ao petróleo para criar esta gasolina verde, e já têm uma receita pronta a usar, que pode ser usada por qualquer empresa de produtos petrolíferos interessada em utilizá-la no processo de produção. Este biocombustível tem as mesmas qualidades da gasolina comercial.
De acordo com o líder do projeto, Bert Sels, este composto químico derivado da celulose não pode ser produzido em quantidade suficiente para ser usado sozinho, razão porque é necessário utilizá-lo como aditivio. No entanto, é uma boa alternativa para reduzir o impacto ambiental da produção de gasolina, até porque esta não vai desaparecer a médio prazo, mesmo na Europa.