M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os caros elétricos estão em alta na Europa, com o número de veículos a crescer em dois dígitos percentuais em quase todos os países. Mesmo assim, estes automóveis ainda constituem uma fatia pequena do parque automóvel de todo o continente. Dos 300 milhões de veículos na estrada, somente 800 mil (menos de 0,3 por cento) correspondem ainda a carros elétricos. E ainda assim, mesmo que fosse possível substituir todos os carros por elétricos, isso teria pouco impacto nas emissões de CO2 a nível mundial.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

É essa a opinião de Roberto Vavassori, presidente da CLEPA, associação europeu de fornecedores da indústria automóvel. Vavassori explicou na cimeira Future of the Car, organizada pelo jornal Financial Times, que “se pudéssemos substituir todos os veículos por carros elétricos amanhã, só reduzíamos as emissões globais de CO2 em 0,7 por cento”. Este número seria apenas de 0,4 por cento das emissões anuais, graças ao uso de combustíveis fósseis para produção de energia elétrica.

Assim, embora o público europeu esteja a ser direcionado para os carros elétricos, e veja os seus movimentos nas grandes cidades condicionados, não seria possível contribuir para uma redução dos gases poluentes na atmosfera. De acordo com os dados avançados pela CLEPA na cimeira, a Europa contribui apenas com 10 por cento de todas as emissões anuais de CO2 no planeta Terra, enquanto a China, Índia e Estados Unidos, menos interessados em eletrificar o seu parque automóvel, contribuem com 66 por cento das emissões.