China aposta nas energias renováveis com uma nova turbina eólica a cada hora

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A poluição que envolve as cidades chinesas já é famosa. É um fumo penetrante, que impede os cidadãos das grandes cidades de verem a linha do horizonte, onde o nevoeiro é permanente e nauseabundo, e onde as pessoas têm que fazer a sua vida diária deslocando-se com uma máscara na cara. No entanto, as autoridades chinesas estão conscientes do problema, e já começaram a tomas passos para reduzir a sua gigante pegada ecológica.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Desde os anos 70 que a China reagiu à necessidade de industrialização com o uso intensivo de central termoelétricas baseadas na queima de carvão. Mas agora este país asiático é um dos maiores investidores em fontes de energia renováveis, representando 17 por cento do investimento mundial. A China pretende reduzir as suas emissões poluentes para metade do nível atual até 2030.

O ano passado, o governo chinês cancelou 103 projetos para centrais termoelétricas e este foi anunciado que vários outros projetos do género estão a ser revistos. Em vez disso, a China vai apostar no uso de energia eólica e solar. No primeiro caso, em 2015, foi instalada uma média de uma turbina eólica por hora, ou seja, mais de 8000 equipamentos. Também instalou mais de quatro milhões de painéis solares no Tibete desde 2013, o suficiente para preencher um campo de futebol a cada hora.

Em alternativa, para níveis altos de produção, também tem havido uma aposta no nuclear. Nada menos que 32 centrais nucleares estão em operação no território chinês desde o ano passado, tendo começado com 15 centrais em 2012.