M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
No futuro próximo, a frase “vai lá fora ver se chove” vai tornar-se ainda mais irónica. Isto porque o mais provável é que vamos saber de antemão se vai chover ou não. E a China prepara-se para estar na frente do controlo da meteorologia local, planeando um investimento de 168 milhões de dólares para controlar como está o tempo em certas regiões.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Técnicas para causar chuva existem desde 1948, quando um par de engenheiros químicos americanos patentou um processo em 1948, usando iodeto de prata em nuvens para forçar precipitação. Nos últimos anos, 52 países revelaram ter criado programas para controlar o tempo. Há, no entanto, um problema para atestar a viabilidade do conceito, nomeadamente a impossibilidade de saber se teria chovido na mesma sem o uso do iodeto de prata ou do gelo seco (dióxido de carbono sólido, mantido a temperaturas abaixo de 78 graus negativos).

Mesmo assim, os chineses pretendem estar na vanguarda do uso desta tecnologia. O programa prevê a construção de quatro novos aviões, a transformação de oito aeronaves já existentes e a construção de 900 lança-foguetes, que seriam usados para largar iodeto de prata e gelo seco nas nuvens, e assim fazer chover em zonas do oeste da China, onde há mais problemas de seca. As autoridades chinesas afirmaram ter controlado o tempo para não chover nos Jogos Olímpicos de 2008.