FOTO Herney Gomez/Pixabay/CC0
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Imagine que passava todos os dias que passava por um campo agrícola e que reparava que um dia havia quase tantas ervas daninhas no terreno como produção agrícola. Mas o que poderia fazer para remediar o problema? Se for o professor universitário Hendrik Viljoen da Universidade do Nebraska, vai inventar uma maneira de proteger a agricultura local, usando drones e robôs autónomos a trabalhar em conjunto na localização de espécies invasivas e aplicação dos pesticidas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Viljoen encara a proteção das culturas agrícolas como inerentemente ligada ao bem-estar das populações. Por isso, quando reparou que os campos de soja do Nebraska estavam a ser invadidos por uma espécie de amaranto, começou logo a pensar num modo de proteger a agricultura local. A espécie Amaranthus palmeri é resistente ao glifosato e só pode ser combatida pelo pesticida dicamba, um herbicida com tendência para ser prejudicial às plantas circundantes se for pulverizado. Por isso, não pode ser utilizado pelos métodos convencionais mais baratos. A alternativa é aplicação por contacto direto, que demora demasiado tempo se for feita por controlo humano.

Assim, o investigador da Universidade do Nebraska desenvolveu um aplicador com um cilindro rotativo, que pode ser instalado em robôs e tratores autónomos, a trabalhar nos campos. Este aplicador espalha o herbicida diretamente na planta escondida, e rola na direção em que o robô e o trator se desloca. Agora, o seu objetivo é colocá-lo a trabalhar em conjunto com um sistema autónomo. Para isso, um drone irá sobrevoar o campo de cultivo, identificando com GPS e sensores a localização exata de cada planta invasiva. Com esses dados, os robôs autónomos poderão deslocar-se pelos campos e aplicar o herbicida por contacto direto, rapidamente e sem que um agricultor tenha de estar presente durante horas para identificar cada planta no terreno.