M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Depois do Dieselgate e da quebra de interesse em desenvolvimento da tecnologia Diesel, os motores movidos a gasóleo continuam sob ataque cerrado, com um futuro que poderá levar ao seu desaparecimento mais depressa do que o esperado. É que um novo estudo aponta para emissões de gases poluentes num motor Diesel não só serem muito superiores ao previsto, como estas emissões excessivas contribuem para 38 mil mortes por ano em todo o mundo.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este estudo, feito pela Universidade do Colorado e publicado na revista científica Nature, baseou-se nos resultados de 30 estudos diferentes de emissões medidas em motores Diesel em condições normais de condução, em 11 países representando 80 por cento das vendas de veículos com este combustível a nível mundial, nomeadamente a Austrália, Brasil, Canadá, China, a União Europeia como um todo, Índia, Japão, México, Rússia, Coreia do Sul e Estados Unidos.

Em 2015, os dados indicam para o lançamento para a atmosfera de 13,1 milhões de toneladas de nitróxidos, 8,6 milhões a mais que o previsto, se os motores cumprissem os valores anunciados. Veículos pesados, tanto de carga como de passageiros, contribuíram com 76 por cento destes valores. Os nitróxidos contribuem para a formação de partículas nocivas e ozonos à superfície da Terra, e podem causar doenças cardíacas, respiratórias e cancerígenas em pessoas. A China é o país mais afetado por emissões Diesel fora de controlo.