M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Porsche quer que a fábrica onde vai ser construído o seu primeiro automóvel elétrico, o Taycan, tenha um impacto ambiental zero. Para isso, vai necessitar de cuidados especiais para ser eficiente no consumo energético e na geração de resíduos. E um desses cuidados especiais é a criação de uma parede que vai ser capaz de absorver certos poluentes da atmosfera, e que vai ser uma parte importante da nova fábrica que está a ser construída em Estugarda.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A fachada da fábrica da Porsche Taycan vai usar materiais que vão ser capazes de absorver dióxido de azoto, um dos poluentes causados pela queima de gasóleo e emitidos pelos motores Diesel dos automóveis. A fachada vai usar elementos de titânio cobertos dióxido de titânio, que vai servir como um catalisador para transformar o dióxido de azoto em água e nitratos, quando estes materiais estiverem sob luz solar e com pouca humidade. Para avaliar a sua performance, estes elementos vão começar por ocupar uma área de 126 metros quadrados, fazendo o trabalho equivalente a dez árvores numa área equivalente a dez lugares de estacionamento.

As medidas assumidas pela Porsche para reduzir o impacto ambiental do Taycan têm sido apreciadas por vários órgãos oficiais da Alemanha, tendo esta parede de alumínio e titânio garantido um prémio “Platina” do DGNB, conselho alemão para a sustentabilidade de edifícios. A confirmarem-se os bons resultados na emissão de gases poluentes, os materiais desta parede poderão ser usados no resto do edifício, aproximando ainda mais do zero o impacto ambiental da construção do Porsche elétrico.