M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Paris é uma das cidades mais visitas do mundo, recebendo milhões de turistas de todo o mundo. Por isso, por mais românticas que sejam as suas fotografias no Instagram, vão parecer banais por já terem sido tiradas por alguém, de todos os ângulos possíveis e imagináveis. Exceto estas, se forem tiradas deste ginásio flutuante, que lhe permite ver Paris a partir do rio Sena enquanto trabalha para manter a forma física.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O protótipo para o Ginásio Flutuante de Paris foi criado pelo estúdio de design e arquitetura Carlo Ratti, em cooperação com a Technogym, produtora de equipamento para exercício físico, a firma de arquitetura Terreform ONE e a URBEM, uma organização brasileira especializada em regeneração urbana. Foi através desta que a Technogym pôde juntar a este projeto a sua função mais original: o Ginásio Flutuante de Paris move-se pelo rio Sena graças à energia despendida pelos seus utilizadores.

Num espaço de 20 metros de comprimento, com capacidade para 45 pessoas, a Technogym instalou as suas novas máquinas ARTIS, que recuperam a energia do movimento do equipamento, quando está em uso, e reaproveitam-no para ser utilizada noutros sistemas que utilizam energia elétrica. Neste caso, a energia do ginásio serve para que esta embarcação se mova pelo rio parisiense. E quando não está a ser usado pelo ginásio, a energia acumulada durante o dia permite realizar festas à noite.

Desta forma, se alguém quisesse construir uma versão real do ginásio flutuante, a cidade de Paris teria uma nova atração turísticas, oferecendo uma vista única da cidade, de uma forma mais ativa que qualquer das pessoas que passeiam sentadas nos conveses dos bateaus-mouche que habitualmente navegam acima e abaixo pelo caudal do rio. É também possível integrar ainda mais o rio na infraestrutura de transporte das cidades, com um impacto ambiental nulo. O ginásio também vai permitir aos seus utilizadores verificar o quanto estão a contribuir para a energia usada pela embarcação, bem como as condições ambientais do rio, através de sensores, que medem estes resultados e exibem-nos em ecrãs no interior.