O cerco às emissões poluentes começa a apertar-se, mesmo para as marcas de baixo volume de produção e talhadas pelo elemento desportivo. De acordo com o mais recente relatório da Agência Europeia do Ambiente, a Ferrari e a Aston Martin serão multadas por excederem o limite de emissões de CO2 estabelecidas pela União Europeia para o ano de 2015.

Contudo, as contas feitas pelo site Automotive News Europe, recorrendo à fórmula que avalia o número de carros produzidos e as emissões em excesso, indicam que os valores a pagar não superam, no conjunto das duas, os 500.000 euros, com a Ferrari a pagar 410.760 euros e a Aston Martin a entregar igualmente 36.370 euros, valores que se apresentam como facilmente absorvíveis na contabilidade de ambas as marcas.

Contudo, o relatório apresentou, ainda, boas notícias em termos de esforços dos construtores para a redução das emissões na Europa, com a EEA a salientar que no seu cômputo geral, a taxa de emissões da União Europeia ficou muito abaixo da média de emissões previstas para aquele ano.

Com o objetivo para 2015 centrado nos 130 g/km de CO2, a média das emissões no continente cifrou-se nos 119,5 g/km de CO2, o que atesta o trabalho efetuado pelas marcas para a redução da poluição. Em relação a 2004, o valor é 27% mais baixo. Mesmo entre os veículos comerciais, o objetivo foi também batido, com um valor de média de 168,3 g/km de CO2 contra os 175 g/km que eram a meta estipulada.

Destacando individualmente as marcas, a EEA notou que a Peugeot, Citroën, Renault e Toyota são as que produzem os veículos menos poluentes, com a Peugeot a ser, mesmo, aquela que menos emissões compreende, com um valor de 104 g/km de CO2, seguida pela Citroën (do mesmo grupo) e da Renault, ambas com 106 g/km. A Toyota segue de perto, com 108 g/km de CO2, mas é também mencionada como aquela com a maior percentagem de novos carros com emissões abaixo dos 95 g/km de CO2 (41%).

Já as maiores reduções em 2015 foram alcançadas pela Jaguar Land Rover (-14,4 g/km de CO2) e pela Daimler (-6,9 g/km de CO2). O ano de 2015 ficou, ainda, marcado pela maioria de registos de carros a gasolina e Diesel no mercado, com 97,2% da fatia, sendo que, desta, os Diesel têm a maioria, com 51,8% das vendas de 2015.

Quatro companhias, no entanto, têm ainda de melhorar as suas metas de emissões de forma a cumprirem as normas estabelecidas para 2021, com a EEA a apontar a Fiat Chrysler Automobiles, Opel, Ford e BMW. Recorde-se que a meta para esse ano é de 95 g/km.

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