M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As empresas de produtos petrolíferos e outros combustíveis estão a reclamar de interferência governamental no mercado automóvel nos Estados Unidos. As gasolineiras reclamam que a legislação causa uma distorção do mercado a favor dos automóveis elétricos, impedindo a livre concorrência.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

As marcas presentes no setor da energia para uso em transportes reclamaram, essencialmente, que a forma como os vários estados americanos oferecerem benesses à aquisição de automóveis elétricos, construção de pontos de recarga e ao uso de energia elétrica para um condutor recarregar as baterias destes veículos não leva em conta a direção do mercado nem a preservação do ambiente.

Em particular, foi criticada a falta de atenção ao conceito de “well to wheel”, pois a energia elétrica só é verdadeiramente livre de poluição se a energia vier de fontes renováveis, e existem locais nos Estados Unidos que usam centrais termoelétricas ou nucleares para gerar energia. A legislação atual também descrimina contra biocombustíveis, como o etanol e o bioetanol, que são uma alternativa barata à gasolina, têm alguma popularidade nos Estados Unidos e também contribuem para uma redução das emissões de CO2 da produção à utilização.

As empresas do ramo apontam para uma penetração de apenas três por cento para automóveis com motores elétricos, incluindo híbridos, e que esta distorção do mercado prejudica a população mais pobre, já que os principais compradores de carros elétricos são de grupos sócio-económicos mais altos. O setor dos combustíveis quer que as autoridades governamentais americanas levem em conta o “well to wheel” para que um carro elétrico seja considerado “emissões zero”.