Alguns dos principais construtores automóveis mundiais deram um passo de gigante para a implementação do hidrogénio enquanto combustível do futuro.

No Fórum Económico Mundial de Davos, cinco dos maiores construtores mundiais de automóveis juntaram-se aos principais gigantes da produção de produtos petrolíferos, dentre as quais a Royal Dutch Shell Plc e a Total SA, para proceder ao investimento de 10 mil milhões de euros no desenvolvimento de produtos relacionados com o hidrogénio num prazo de cinco anos.

BMW, Daimler, Honda, Hyundai e Toyota, todas elas com modelos alimentados a hidrogénio já em testes ou no mercado em base limitada, firmam assim o seu empenho na implementação do hidrogénio para o futuro, formando um consórcio que conta, na totalidade, com 13 integrantes. Além dos cinco construtores e da Shell e da Total, juntam-se ainda a Air Liquide SA, Linde AG, Anglo American Plc, Engie SA, Alstom SA e a Kawasaki Heavy Industries Ltd.

O objetivo é formar grupos de trabalho e de consulta para ajudar a criar uma regulamentação específica para este tipo de veículos, de forma a acelerar a sua aplicação e a redução da poluição nas grandes cidades.

“O mundo da energia está-se a transformar de forma muito, muito rápida. O hidrogénio tem um potencial grandioso”, é citado na Bloomberg o CEO da Shell, uma das maiores petrolíferas do mundo, Ben Van Beurden, que também esteve presente em Davos.

Toyota e Honda na frente

Os veículos de célula de combustível a hidrogénio começam a ganhar terreno na atualidade, tendo a Toyota lançado no final de 2015 o seu Mirai (nas imagens) no Japão com enorme sucesso, que se replicou, mais tarde, na Europa, onde se encontra disponível em mercados selecionados onde existe uma rede de abastecimento de hidrogénio.

A marca liderada por Akio Toyoda tem um plano ambicioso para eliminar até 90% das emissões de CO2 para atmosfera por parte dos seus veículos, apostando neste momento numa tónica de modelos híbridos para dar o primeiro passo.

Também a Honda ingressou agora no mercado dos modelos de célula de combustível a hidrogénio, com o seu FCV Clarity, um modelo igualmente lançado em mercado selecionados e que pretende rivalizar com o Mirai. As outras marcas estão também em patamares de desenvolvimento bastante avançados com esta tecnologia, mas ainda não têm nenhum modelo em comercialização direta na Europa.

Uma das vantagens do hidrogénio face aos tradicionais modelos elétricos é a sua facilidade de reabastecimento, já que encher o depósito de um carro com hidrogénio demora relativamente o mesmo face a um modelo de combustível tradicional como a gasolina.

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