M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
De acordo com as Nações Unidas, mais de oito milhões de toneladas de plástics são jogadas ao oceano todos os anos. Impedir este lixo de ser tratado como tal implica criar novas formas para poder lidar com esta desperdício, e duas cientistas da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, criaram um método que transforma poliolefina, o plástico das garrafas e embalagens, em combustíveis com menor impacto ambiental durante a produção.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O processo foi criado por uma equipa liderada por Linda Wang, professora catedrática na Escola de Engenharia Química da Universidade Purdue, em conjunto com duas assistentes, e pretende usar a poliolefina como base para a reciclagem numa variedade de produto. Isso inclui polímeros plásticos com outras aplicações, nafta e outros tipos de combustíveis. O processo em si consiste na extração seletiva de componentes e liquefação hidrotérmica, que causam a transformação dos componentes restantes em nafta. Estes podem depois ser refinados em gasolina ou gasóleo, solventes ou até reaproveitar os carbohidratos como alimentação para gado.

Para Wang, esta tecnologia de conversão tem o potencial de reduzir os custos para a indústria de reciclagem e contribuir para quatro por cento da produção total anual de gasolina e gasóleo, sem a necessidade de extrair mais petróleo do subsolo. Também vai contribuir consideravelmente para a redução dos resíduos de plástico, já que, dos 8300 milhões de toneladas de plástico produzido nos últimos 65 anos, apenas 12 por cento foi incinerado e 9 por cento reciclado. O processo poderá eliminar 90 por cento do lixo plástico que normalmente iria para os oceanos.