Os engarrafamentos são uma das consequência diretas da contínua e crescente tendência de concentração populacional nas grandes cidades, sendo praticamente uma condição indissociável da vivência em cidade. Contudo, o nível dos engarrafamentos e o tempo perdido neles varia consoante o país, sendo Los Angeles, nos Estados Unidos da América (EUA) a cidade em que mais tempo é desperdiçado parado em filas de trânsito.

De acordo com o estudo de 2016 da INRIX, entidade que analisa os dados de tráfego a partir de 300 milhões de fontes diferentes cobrindo mais de cinco milhões de milhas de estradas mundiais, a cidade de Los Angeles teve um período de 104 horas gastas no período de hora de ponta, destacando-se assim como a mais complicada em termos de tráfego urbano.

Se se quiser analisar esse valor doutra forma, são mais de quatro dias completos de engarrafamento, demonstrando desta forma que a densidade populacional daquela que é uma das mais cosmopolitas cidades do mundo não passa sem o seu automóvel para as suas deslocações.

Na análise global que a INRIX realizou – com recurso a mais de 500 Terabytes de informação -, a segunda cidade mais congestionada é Moscovo, na Rússia, onde se perdem 91 horas parado no trânsito, seguindo-se de perto a cidade de Nova Iorque, com 89 horas. Segue-se São Francisco, com 83 horas de engarrafamento, e Bogotá (Colômbia), com 80 horas de ‘para-arranca’.

São Paulo (Brasil) surge na sexta posição com 77 horas, seguida de Londres (Reino Unido), com 73, Atlanta (EUA) com 71, Paris (França) com 65 e, a fechar o top 10, a cidade Miami (EUA) com 65 horas.

Porto: a mais congestionada em Portugal

Quanto a Portugal, a cidade do Porto surge na primeira posição em termos de horas perdidas no trânsito, com um total de 25,7 horas, situando-se na posição número 228 da tabela que analisou 1.064 cidades. Lisboa (posição 261) surge na segunda posição, com 24,2 horas gastas no trânsito urbano, seguindo-se a cidade de Braga (posição 964), em que um condutor perdeu apenas 6,2 horas.