M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os pneus furados são das preocupações mais irritantes para um automobilista, obrigando a muito trabalho para desapertar a roda, montar o pneu suplente e colocar a roda com o pneu furado na bagageira. A isso junta-se o custo a reparação ou substituição dos pneus, quando ainda tinham milhares de quilómetros potenciais pela frente. Mas a Michelin, que tem vindo a criar novos conceitos de rodas para tornar os pneus mais baratos e ecológicos, encontrou agora a solução para os pneus furados, com o Uptis.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O Uptis da Michelin elimina a necessidade de ter ar no pneu, eliminando as paredes laterais e substituindo a almofada de ar por uma nova estrutura que liga o pneu diretamente à jante como elemento estrutural. A jante é construída em alumínio, para manter o peso reduzido (o total da estrutura é de 22,5 kg), e está em contacto permanente com a estrutura do pneu, integrando também um conjunto de sensores para receber e transmitir informação de e para o automóvel. A estrutura interna do pneu em si, que ocupa o lugar da almofada de ar, usa uma patente da Michelin, que mistura borracha com resina de alta resistência e fibra de vidro. Toda esta estrutura, aberta ao ar, elimina a necessidade de verificar a pressão de ar e acaba de vez com os pneus furados, já que nunca existe ar para perder.

A Michelin concebeu o Uptis para ser combinado com automóveis elétricos e automóveis autónomos, que já possuem mais sensores que um carro convencional com motor a gasolina. Por isso, a marca francesa de pneumáticos escolheu a General Motors como parceira para testar o seu novo pneu anti-furo em condições reais, usando um Chevrolet Bolt. A versão de produção do Michelin Uptis deverá estar pronta em 2024.

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