“Motores de combustão interna na Europa, 2035, ponto final?”, pergunta a UVE

16/07/2021

A UVE aplaude resolução da Comissão Europeia que proíbe a comercialização de motores a combustão interna a partir de 2035. Mas não deixa de questionar a razão pela qual não se antecipa esta meta.

A Comissão Europeia aprovou uma resolução que estabelece a proibição da venda de qualquer veículo com motor de combustão interna, quer sejam a gasolina ou a gasóleo, a partir de 2035. Em comunicado oficial, a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) reconhece a importância desta diretiva que coloca uma data para o fim da venda de todos os veículos novos que incorporem um motor de combustão interna, incluindo os híbridos convencionais (HEV) e os híbridos plug-in (PHEV). “A UVE saúda esta decisão e relembra que aquando do seu lançamento, em 2016, produziu um vídeo com o título: “Porque é que os Veículos Elétricos vão triunfar?”, onde enumerava as “4 razões e nenhuma delas é o Ambiente!”. Essas razões são: 1) Eficiência Energética; 2) Economia; 3) Manutenção; 4) Desempenho”.

Mas, ainda assim, tem algumas reservas. “No entanto, também dizíamos e reafirmamos que, embora o Ambiente não seja uma dessas razões, será o Ambiente, e o combate às alterações climáticas que irão acelerar esse triunfo, que é simplesmente lógico, natural, imprescindível e urgente para o desenvolvimento da nossa civilização, do Ser Humano e do seu habitat, o Planeta Terra”, refere.

A UVE, como membro fundador da Global Electric Vehicle Drivers Alliance (Global EV Alliance), a Aliança Global de Associações de Utilizadores de Veículos Elétricos, e enquadrada na sua visão estratégica, “propõe uma meta mais ambiciosa de eliminar a introdução no mercado de veículos com emissões de CO2 até 2030, antecipando em cinco anos a meta proposta pela Comissão Europeia”, diz.

“Além de ser um objetivo imperioso do ponto de vista da mitigação das alterações climáticas, é também um sinal importante para a indústria automóvel europeia para que esta não fique para trás relativamente ao mercado, uma vez que todos os sinais apontam para um crescimento sustentado e exponencial da procura de veículos sem emissões no mercado de automóveis da União Europeia”, adianta a associação presidida por Henrique Sánchez.