A eletrificação é a tecnologia da moda na indústria automóvel. Mas o ritmo a que cada fabricante está a apostar nessa vertente e as suas ambições variam com cada uma. Havendo uma estratégia de migração das tecnologias de motores de combustão interna para soluções híbridas ou elétricas, cada marca tem vindo a explanar os seus planos de integração desses modelos nas suas gamas.

Tome-se, por exemplo, o caso da Volkswagen. Profundamente afetada pelo caso de manipulação das emissões poluentes, tornado público em setembro do ano passado, a companhia de Wolfsburgo reorientou ‘agulhas’, enveredando agora pelo caminho da eletrificação, quando antes parecia estar algo na expectativa do que o mercado viria a ditar.

A marca alemã pretende vender anualmente um valor em torno de um milhão de unidades elétricas e híbridas Plug-in em 2025, começando agora a apostar cada vez mais nesta tecnologia. Além de ter no mercado duas soluções 100% elétricas, o e-Golf e o e-up!, e duas híbridas Plug-in, o Passat GTE e o Golf GTE, a marca pretende começar a diversificar a sua gama e o próximo passo no caminho da eletrificação foi dado com o concept I.D. revelado no Salão de Paris, no passado mês de outubro.

Esse modelo será o percursor de um novo elétrico a lançar em 2020, de elevada eficiência e grande espaço a bordo.

Metas em crescendo

Mas a Volkswagen não está sozinha. Igualmente com um plano de eletrificação da sua gama, a Mercedes-Benz revelou em Paris a sua nova estratégia assente no programa CASE, do qual a submarca EQ será paradigma. Em 2025, a marca de Estugarda quer ter mais de dez modelos puramente elétricos no seu portefólio. O SUV com base no GLC será o primeiro desses esforço, no qual se integrarão também outros modelos híbridos Plug-in de elevada eficiência.

Outra marca muito ativa na disseminação da tecnologia elétrica é a Volvo, que replica os números da Volkswagen para os seus objetivos: um milhão de veículos eletrificados/ano em 2025. Orientando as considerações de previsões de mobilidade alternativas para as marcas asiáticas, a mais avançada é a Toyota, que mercê do sucesso do seu Prius, mas também dos Auris e Yaris híbridos, goza já de grande popularidade neste campo. O próximo modelo a surgir no mercado dotado de solução híbrida é o C-HR, o qual se assume como uma forte aposta da marca de Akio Toyoda, que não descarta a tecnologia de célula de combustível a hidrogénio para um futuro próximo, do qual o Mirai é o primeiro representante.

Também com uma aposta no hidrogénio, a Honda prepara o lançamento do seu FCV Clarity em mercados selecionados, mas a companhia japonesa aponta para 2030 a sua meta de venda consistente de híbridos e elétricos. Para essa data, a Honda estima que dois em cada três veículos globalmente sejam híbridos, PHEV, elétricos ou movidos a pilha de combustível.