A cidade de Lisboa vai contar com mais um parque verde, integrando-se nos mesmos terrenos que serão utilizados para a nova Feira Popular, na zona de Carnide. Esta empreitada, que tem um prazo de execução previsto de cerca de oito meses, está em vias de ser contratada pela Câmara Municipal de Lisboa, estando orçada em 5.159 milhões de euros.

Na proposta que estará em apreciação na reunião privada de quinta-feira, os vereadores Manuel Salgado (Obras Municipais) e José Sá Fernandes (Estrutura Verde) referem que este parque “deverá oferecer usos diversificados, contribuindo para a qualificação urbana e paisagística desta zona de Lisboa através de um adequado funcionamento dos sistemas naturais e de uma gestão conducente a uma evolução sustentada e enquadrada pelo uso otimizado dos recursos”.

Esta decisão vai ao encontro daquela que é a expectativa de tornar aquele local numa zona de maior procura por parte de residentes e turistas, sendo necessário, por isso, trazer também mais espaços de lazer, conforme adianta a Lusa, citando os responsáveis da autarquia.

“Com a implementação da Feira Popular, este espaço virá a constituir um polo de atração e diversão para um público mais alargado, com inegável importância na competitividade de Lisboa como destino turístico nacional e internacional”, sublinham os autarcas, para quem este parque verde deverá também “assumir um papel relevante a nível do funcionamento dos sistemas naturais, nomeadamente no que se refere às funções hidrológicas, recuperação da qualidade do solo, implantação de estrutura verde, cuja evolução seja consistente com os objetivos do projeto a curto e longo prazo”.

É destacado ainda o seu peso na “continuidade dos sistemas verdes adjacentes, contribuindo para a continuidade territorial e ecológica necessária à implementação do corredor periférico integrado na infraestrutura verde da cidade de Lisboa”, mas também os efeitos sociais, na medida em que este novo parque verde irá criar “oportunidades de lazer e recreio informal, nomeadamente a expansão e continuidade com os sistemas de mobilidade suave já parcialmente implementados (…), tal como a pista clicável entre a zona da Pontinha e o Bairro Padre Cruz”.

Os trabalhos, orçados em 5.159.055,61 euros, têm um prazo fixo de 240 dias, aos quais acrescem 365 dias para manutenção dos espaços verdes.

Recorde-se que a Feira Popular de Lisboa, criada em 1943, foi encerrada em 2003, tendo funcionado naquele período nos terrenos em Palhavã e de Entrecampos. Depois de anos de debate, em que a zona da Bela Vista parecia levar vantagem, a autarquia estabeleceu a zona de Carnide como o local da nova Feira Popular, num parque urbano de 20 hectares cuja construção e melhoria das acessibilidades já tiveram início. Enquanto a autarquia detém todo o espaço verde, cede, durante um período ainda não definido, a gestão e a manutenção da Feira Popular a privados. Esse concurso deverá ser lançado durante este ano, mas ainda não existem informações.

Com Lusa.