Pilhas com capacidade de reunir energia transmitida a partir do ar parece um conceito demasiado futurista, mas pode estar mais perto do que seria de supor. Este sistema está a ser desenvolvido pela Ossia, uma empresa tecnológica que tem chamado as atenções em diferentes edições da CES, e que tem depositado grandes esforços na investigação da transmissão de eletricidade por via aérea.

A intenção da Ossia é encontrar um método de carregamento sem fios semelhante a um sistema Wi-Fi para a partilha de Internet. É aqui que se entra, então, este esforço tecnológico da Ossia, que passa pela criação e desenvolvimento daquilo que apelidou de ‘Bateria Eterna’, surgindo num formato de pilha AA, bastante mais convencional do que qualquer outro meio de acumulação de energia.

Na prática, a Ossia desenvolveu uma pilha que alberga no seu interior uma série de componentes eletrónicos como uma antena, sendo essa mesma antena que permite recolher a energia elétrica emitida a partir de determinados canais, numa distância que pode ir até aos nove metros. A disseminação da energia ficaria a cargo de um transmissor de sistema Cota.

Com efeito, esta tecnologia bastante avançada poderia tornar obsoleta a noção de substituir as pilhas dos comandos de televisão, por exemplo, tornando-as em dispositivos de funcionamento perpétuo, numa abordagem algo lata. O site Digital Trends dá conta dos objetivos do CEO da companhia, Mario Obeidat, para quem esta este formato pode ser apenas a ponta do icebergue, uma vez que poderia vir a estabelecer acordos com produtores de smartphones para incluir a tecnologia de raiz nos seus dispositivos.

No entanto, esta é uma tecnologia que, ainda de acordo com as declarações de Obeidat ao Digital Trends, não está ainda estruturada para grandes potências de carregamento, sendo por isso mais adequada a dispositivos como as pilhas ou, num outro âmbito e com maior aperfeiçoamento, a carregamento de baterias de smartphones.

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