M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Sacos de plástico podem ser reciclados, mas muitas vezes são deitados no caixote do lixo e nunca voltam a ser usados. Longe do mundo industrializado, este problema pode tornar-se uma verdadeira catástrofe ecológica, pois o plástico tende a acumular, interferindo com o habitat natural de muitas espécies de plantas e animais. No Gana, já criaram uma maneira para resolver este problema, transformando-os em pavimento de estradas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Nelson Boateng, um engenheiro deste país africano, encontrou maneira de reutilizar o plástico, acabando com esta acumulação de lixo por reciclar, ao mesmo tempo que resolve um problema de circulação para o tráfego automóvel e pedonal, poupando alcatrão. Os sacos de plástico, que foram banidos recentemente no Gana, são retalhados e os restos misturados com areia, cortados em blocos e cozidos.

Boateng fundou uma nova empresa, a Nelplast, construiu uma fábrica para reciclagem e recolheu duas toneladas toneladas de sacos de plásticos na sua cidade natal, um subúrbio da capital ganesa, Acra. Depois criou os blocos (feitos de 60% plástico, 40% areia) e instalou-os nas ruas da cidade, sem custos. Tal como os sacos demoram 500 anos a decompor-se, Nelson acredita que o mesmo deve acontecer com os blocos, dando-lhes uma vida útil superior ao asfalto.

As autoridades do Gana já mostraram o seu apoio à Nelplast, que tem como objetivo reciclar uma grande percentagem das 22 mil toneladas anuais de lixo plástico que são geradas no país. Atualmente, o Gana recicla apenas dois por cento deste valor.