A decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos da América (EUA) da lista de países apoiantes do Acordo de Paris, firmado no ano passado para combater as alterações climáticas, levou Elon Musk a abandonar o cargo de conselheiro para a Casa Branca, com o CEO da Tesla Inc a argumentar que esta é uma decisão “que não é boa, nem para os EUA, nem para o mundo”.

Musk já havia ameaçado que poderia sair deste cargo caso Trump se decidisse pela saída dos EUA do Acordo de Paris, que em dezembro de 2015 uniu 195 países na luta contra as alterações climáticas. Com o presidente norte-americano a anunciar ontem a sua decisão de abandonar o atual acordo e procurar a reabertura de negociações – alegando que o atual enquadramento prejudicava os interesses dos Estados Unidos -, Musk não perdeu tempo a deixar o seu cargo de conselheiro para as áreas de infraestruturas, produção e de estratégia, algo que anunciou através do Twitter.

“Vou abandonar os conselhos presidenciais. As alterações climáticas são reais. Deixar [o acordo de] Paris não é bom nem para a América, nem para o mundo”, escreveu o empreendedor naquela rede social.

Com esta decisão de Donald Trump, de rejeitar o acordo estabelecido pelo anterior presidente, Barack Obama, os EUA são apenas o terceiro país sem representação no acordo, juntando-se à Síria e à Nicarágua, sendo curiosamente de notar que estes últimos não emprestaram a sua assinatura ao acordo por considerarem que as decisões não iam suficientemente longe no combate às emissões.

Os Estados Unidos são o segundo país do mundo com mais emissões poluentes para a atmosfera, superados apenas pela China, que se mantém no Acordo de Paris, com muitos dos países europeus a recusarem, desde já, a abertura de negociações para um novo acordo.